Empreendimento ficará no triangulo mineiro, perto de São Paulo, e terá investimentos na ordem de mais de R$ 1,3 bilhão de reais.
A fabricante de fibras à base de madeira Lenzing anunciou que vai avançar com planos de US$ 1,3 bilhão para construir a maior fábrica de celulose solúvel de madeira do mundo. A empresa, um dos principais fornecedores mundiais de fibras celulósicas sustentáveis, construirá a fábrica no Triângulo Mineiro, perto de São Paulo, em uma joint venture com a Duratex, a maior produtora de painéis de madeira industrializados do hemisfério sul.
A fábrica, que será localizada entre os municípios de Araguari e Indianópolis, produzirá até 500.000 toneladas de polpa de madeira por ano, toda para Lenzing, e será fornecida exclusivamente por florestas de eucalípto certificadas pelo FSC, cobrindo uma área de mais de 44.000 hectares, de propriedade da Duratex. A Lenzing resolveu investir nesse mega projeto devido a confiança no novo governo brasileiro.
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Toda produção é para satisfazer a alta demanda na Ásia por fibras de liocel. A dissolução da polpa de madeira é uma das principais matérias-primas necessárias para a fabricação das fibras de base biológica da Lenzing. O início das operações está previsto para o primeiro semestre de 2022. Na joint venture, a Lenzing detém 51%, a Duratex, 49%.
A Lenzing também está construindo a maior fabrica de produção de liocel do mundo na província de Prachinburi, Tailândia, que deve ser concluída no terceiro trimestre de 2021, com produção prevista para começar ainda naquele ano. A celulose solúvel produzida no Brasil será envida para essa nova fábrica na Tailândia, com capacidade anual para 100.000 toneladas.
Isso ajudará a Lenzing a atender à forte demanda por fibras de liocel e, ao mesmo tempo, fortalecerá a posição de liderança de mercado da empresa em fibras ecológicas. A fábrica de Minas Gerais operará entre as mais produtivas e eficientes em termos de energia do mundo, onde será possível produzir 77 Megawatts de “energia verde” por meio de biomassa de madeira, e os 40% do excesso de bioeletricidade gerada no local serão repassados para a rede pública.
Com este projeto, a Lenzing estabelece um marco em sua estratégia de neutralidade de carbono. A empresa recebeu o reconhecimento no ranking Hot Button da Canopy de 2019 do trabalho dos produtores mundiais de viscose para proteger florestas antigas e ameaçadas de extinção quando recebeu a indicação juntamente com a rival Birla Cellulose da Índia.
Adaptado do blog Stylo Urbano