O governo brasileiro considera positivas as perspectivas de abertura do mercado do país asiático para as exportações de lácteos, veja!
Embora os holofotes da missão da ministra Tereza Cristina na Ásia estejam voltados para as oportunidades abertas para a ampliação das vendas de carnes bovina, suína e de frango à China, o governo brasileiro considera positivas as perspectivas de abertura do mercado do país asiático para as exportações de lácteos – sobretudo queijos -, ainda que nada vá ser definido agora.
Hoje (15/05), a comitiva do Ministério da Agricultura começa a negociar essa abertura com autoridades do GACC, o serviço sanitário chinês, na chegada da ministra a Pequim. A expectativa é que seja dado mais um passo para avançar nas negociações. Na melhor das hipóteses, o governo conseguirá a assinatura do certificado sanitário internacional necessário para que o processo de habilitação de empresas exportadoras à China tenha início. Mas uma promessa nessa direção já será bem-vinda.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura já encaminhou no fim de 2018 relatórios com todas as exigências sanitárias feitas pelos chineses, além de questionários preenchidos por 22 indústrias e cooperativas interessadas em vender seus produtos lácteos no mercado do país asiático. “Já está tudo certo para a habilitação de plantas brasileiras de lácteos e já enviamos tudo. Se os chineses estiveram de bom humor existe também essa área para abrir”, avalia uma fonte do Ministério da Agricultura que acompanha as negociações.
A confiança da indústria nesse processo aumentou de um ano para cá, desde que ministério, Itamaraty e Apex intensificaram as conversas com Pequim para esclarecer os requisitos comerciais exigidos e o perfil de produtos mais adequados aos chineses, conta Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, entidade que representa indústrias do segmento que atuam no país.
O dirigente fala com entusiasmo sobre a oportunidade de o Brasil abrir na China mais um canal para as exportações brasileiras de lácteos, dada a baixa inserção que o segmento tem no mercado internacional – em 2018, os embarques recuaram 48,3% em relação ao ano anterior, para US$ 58,2 milhões, devido principalmente à falta de competitividade dos preços dos produtos. Segundo ele, novas abertura no exterior devem contribuir para reduzir oscilações de preços domésticos.
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Para Martins, no entanto, o maior potencial de acesso à China, num primeiro momento, seria para as exportações de queijos “massa dura” (como parmesão) e de queijos processados (usados na fabricação de pizzas e sanduíches), cujas exportações mais que dobraram nos últimos quatro anos para mercados como Rússia, Estados Unidos, Argentina e Chile.
“Nas conversas que já tivemos, vemos hoje um interesse das autoridades chinesas em avançar nas negociações”, disse Martins ao jornal Valor Econômico. “Mas é claro que a ida da ministra à China é fundamental. Se o mercado for aberto agora na viagem, ótimo. Se não, vamos seguir nas negociações para que a gente consiga exportar”.
As informações são do jornal Valor Econômico.