O país vem se destacando como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, ponto positivo para os preços da arroba no campo!
A Arábia Saudita alterou no início deste mês como regras para a importação de carne bovina do Brasil, passando a permitir a compra de produtos oriundos de animais abatidos com mais de 30 meses de idade.
A restrição, que agora deixa de vigorar, é a mesma adotada pela China, principal destino das exportações brasileiras, e é adotada como medida de segurança sanitária para casos de mal da vaca louca – doença comum em animais mais velhos.
A flexibilização ocorre cerca de um mês após o país sinalizar o aumento das exigências para a importação de carne de frango e suspensão, sem justificativa oficial, a autorização de exportação de unidades de abate do Brasil. A nova regra foi publicada em um modelo atualizado de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para as exportações de carne e produtos cárneos de bovinos e ovinos do Brasil para o país árabe.
No caso da carne de ovinos, o documento inclui o Brasil na lista de fornecedores autorizados a enviar o produto para a Arábia Saudita. Segundo dados da FAO, a Arábia Saudita importou 23,8 mil toneladas de carne de cabra e de carneiro em 2019.
No caso da carne bovina, a Arábia Saudita é o 10º maior importador mundial, tendo adquirido 55,7 mil toneladas equivalentes em carcaças do Brasil em 2019. O volume corresponde a 41,26% do total importado pelo país naquele ano.
Procurada, uma Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) não retornou até a publicação desta reportagem.
China segue como o principal destino da carne nacional
As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam elevadas neste ano, e a China segue como o principal destino da proteína. De maio de 2020 para maio deste ano, contudo, os envios da proteína nacional ao país asiático diminuíram quase 20%, de acordo com dados da Secex.
Segundo pesquisadores do Cepea, essa desaceleração das exportações à China gera preocupação dentre os agentes do setor. Isso porque alguns chegam a se indagar se a demanda chinesa pela carne brasileira teria atingido um limite.
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Neste caso, recentes notícias indicando uma recuperação do rebanho de suínos na China – a carne suína é uma das mais consumidas no país – pode indicar que o país pode, de fato, frear o ritmo de compras de proteína no mercado internacional.
Quanto ao mercado brasileiro, a baixa oferta de animais para abate e o bom desempenho das exportações de carne mantêm firmes os preços da arroba.
Fonte: Globo Rural e Cepea