De todo Fertilizante NPK entregue em 2015 apenas 1,57% foi usado nas áreas de pastagens. São 61 milhões de hectares que merecem maiores cuidados
Das áreas cultiváveis do Brasil aproximadamente 44% são ocupadas com pastagens, 46% destas áreas estão sem uso e apenas 10% são utilizadas para integração com agricultura. A degradação das pastagens é um dos principais problemas enfrentados pela pecuária brasileira. Estima-se que o país possui 180 milhões de hectares de pastagens disponíveis para a alimentação dos animais, mas 50% dessa área apresentam algum tipo de degradação, muitas em estágio bastante avançado.
A recuperação, que impacta diretamente a pecuária bovina, requer a correção de sete erros comuns aos produtores rurais, que vão da escolha errada da espécie a queima da planta.
A situação é de extrema gravidade e precisa ser vista com muita atenção pelos pecuaristas. “No Brasil, a maioria do rebanho bovino é criado a pasto, que é a forma mais barata e prática de produzir e oferecer alimentos para os ruminantes”, afirma Moacyr Bernardino Dias-Filho, pesquisador da Embrapa, em Belém (PA), e especialista em degradação de pastagens.
Esses dados vão de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) que constataram que em 2015 apenas 1,57% de todo fertilizante NPK foi direcionado às pastagens.
É preciso enxergar as pastagens com olhos diferentes e entender que também é preciso adubar, corrigir o solo, praticar reformas de áreas quando necessário, etc. Práticas que qualquer outra cultura demandaria, não há mais espaço para o extrativismo na pecuária, por isso é importante e necessário sempre consultar um Engenheiro Agrônomo e avaliar se sua área de pastagens está precisando de correção.
O que é fertilizante NPK
Uma fonte bem equilibrada de nutrientes aumenta a produtividade e melhora a qualidade da colheita, elementos vitais para suprir a demanda por alimentos de uma população mundial em crescimento. Entre os nutrientes necessários à vida das plantas, está o composto NPK, presente na maioria dos fertilizantes. Esses nutrientes também são encontrados na natureza.
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O Nitrogênio (N) forma as proteínas que compõem os tecidos vegetais. O uso deste nutriente resulta no crescimento vigoroso das plantas.
O Fósforo (P) estimula o desenvolvimento das raízes e contribui para a formação de grãos, melhora a eficiência do uso da água e participa da fotossíntese e respiração.
O Potássio (K) ajuda às plantas a suportar temperaturas extremas, secas, doenças e pragas. Também aumenta a eficiência do uso da água e melhora a qualidade da lavoura.Tudo isso contribui para uma melhor colheita.
Sobre o autor:
Tiago Firmino Boaventura de Oliveira
MBA em Marketing Fundace/USP Ribeirão Preto.
Engenheiro Agrônomo (IFMG Bambuí)
Técnico em Agricultura e Zootecnia (CEFET Bambuí)
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tiagofbo.agronomo@gmail.com