Entre os expositores, há especialistas destacados do setor público e privado que compartilham suas experiências com os participantes
A junta diretiva da Associação Latino-Americana para o Desenvolvimento do Seguro Agropecuário (Alasa) divulgou na noite de quinta-feira (24), na Cidade do México, a escolha do Brasil como sede em 2024 do próximo Congresso Internacional da entidade, que ocorre a cada dois anos.
A escolha pelo Brasil ocorreu com a apresentação dos principais apoiadores do evento, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e a Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber). A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) será uma das entidades co-organizadoras do Congresso.
Participam do Congresso da Alasa as principais seguradoras da América Latina e resseguradoras do mundo, bem como os representantes dos órgãos públicos dos países da região e os diversos atores da cadeia de valor. O congresso conta com exposições e workshops com tópicos pré-definidos. Entre os expositores, há especialistas destacados do setor público e privado, que compartilham suas experiências com os participantes.
A cidade que sediará o Congresso da Alasa no Brasil ainda será definida até o próximo ano. “A escolha pela candidatura do Brasil para sediar o XVII Congresso da Alasa em 2024 demonstra a importância que o país adquiriu nas políticas de gestão de riscos agropecuários. É uma oportunidade de compartilhar conhecimento dos modelos e experiências internacionais de seguro rural. “, salienta Pedro Loyola, diretor de Gestão de Riscos do Mapa.
A Alasa no Brasil contará com eventos paralelos tradicionais como a Alasa Tech, que reúne empresas que ofertam soluções em inovações tecnológicas de gestão de riscos agropecuários. “Pretendemos ter também o Agrohackaton como evento paralelo, atraindo também os estudantes e pesquisadores de graduação e pós-graduação para o tema de gestão de riscos”, explica Loyola.
O Congresso é uma oportunidade de discutir temas importantes do seguro agrícola na América Latina, seu desenvolvimento e principais entraves, mas também é o momento em que resseguradoras multinacionais e as seguradoras de cada país fecham contratos e negócios.
Evento
Neste ano, o XVII Congresso Internacional da Alasa ocorreu entre os dias 22 a 24 de março na Cidade do México com o tema: ¨Mudanças climáticas e novas tecnologias: uma adaptação necessária na abordagem de coberturas¨ com a presença de 450 participantes de 22 países.
Na última qiunta-feira (24), Pedro Loyola realizou uma exposição sore o Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático e no mesmo dia ocorreu a Conferência Magistral de Encerramento, que teve como único orador Alyson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura e candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 2021.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é membro da Alasa e mantém desde 2006 o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), atualmente o maior programa de apoio ao seguro rural na América-Latina. Além disso, o Mapa em conjunto com a pesquisas da Embrapa desenvolve a gestão das ações que definem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), caracterizando as duas principais políticas agrícolas de gestão de riscos do ministério.
A Alasa começou no México em 1986 e depois foi transferida para Santa Fé na Argentina, sendo atualmente a sede da organização. A associação tem como missão contribuir ao desenvolvimento integral do seguro agropecuário na América Latina e ao posicionamento deste instrumento como meio de proteção para os produtores do meio rural. A visão da Alasa é contar com sistemas integrados de seguro agropecuário em todos os países de América Latina. Atualmente a associação tem mais de 80 sócios-membros, dentre seguradoras, resseguradoras e órgãos de governo.
Fonte: MAPA