Segundo o vice-presidente da New Holland na América Latina, Eduardo Kerbauy, o mercado brasileiro de tratores e colheitadeiras deve cair de 10% a 15% em 2024.
O Brasil foi o principal mercado da divisão agrícola da New Holland nos últimos dois anos. A fabricante de máquinas faturou entre US$ 6 e US$ 6,5 bilhões no ano passado em todo o mundo. O mercado brasileiro respondeu por mais de US$ 1 bilhão, aproximadamente 15%.
Apesar disso, não há previsão de investimentos direcionados ao país nos próximos anos. Segundo o presidente global da New Holland, Carlo Lambro, a marca está bem posicionada industrialmente no país. Aproximadamente 4% do faturamento anual da New Holland é destinado a investimentos, mas não há discriminação de destino ou propósito.
No Brasil, o foco é aumentar a gama de produtos, investir em serviços, apoio ao cliente e em conectividade. “O futuro do agro está no Brasil”, disse Lambro.
O faturamento global foi recorde, mesmo que nas Américas e na Europa tenha ficado praticamente estável. Oriente Médio e África impulsionaram o resultado para cima, enquanto a Ásia teve queda.
Para o presidente da marca, apesar de todas as dificuldades, 2023 foi um ano positivo.
O agronegócio responde por aproximadamente 80% da receita do grupo CNH. A New Holland representa 50% dessa parcela.
Conjuntura
Em entrevista coletiva durante a 29ª Agrishow, os dirigentes da marca falaram sobre o cenário dos mercados financeiro e agrícola mundiais.
Lambro citou a instabilidade geopolítica, com guerras que afetam a logística e os preços do petróleo, além de importantes eleições em vários países.
Nas commodities agrícolas, ele observou a estabilização dos preços, a queda nos níveis de subsídios e os altos custos de insumos e de energia.
O vice-presidente da New Holland na América Latina, Eduardo Kerbauy, ressaltou os recentes desafios climáticos, mas celebrou a perspectiva de aumento de área no Brasil nos próximos anos. Kerbauy disse, ainda, que “o agro é diverso”. Enquanto a soja e o milho sofreram perdas expressivas na safra de verão, outras culturas vivem momentos muito bons, “até mesmo recorde”, o vice-presidente citou o café, a laranja, o arroz, o feijão e a batata.
O mercado brasileiro de tratores e colheitadeiras deve cair de 10% a 15% em 2024. O faturamento da New Holland deve variar em linha com essa retração do setor.
Apesar da queda, Eduardo Kerbauy, espera um leve crescimento da participação de mercado da marca. Atualmente, a participação da fabricante é de 25% em tratores e de 33% em colheitadeiras de grãos no Brasil.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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