Brasil perde um dos maiores nomes da citricultura global

Agronegócio perde um grande nome que ao longo dos últimos anos se consolidou e seu legado ficará para sempre na história da citricultura; conheça um pouco mais sobre Lourival Carmo Mônaco

O Fundecitrus lamentou profundamente o falecimento de Lourival Carmo Monaco, um nome emblemático para todo o setor. Lourival tinha 90 anos de idade, era citricultor e engenheiro-agrônomo, foi presidente do Fundecitrus de 2008 a 2024, atuando sempre com paixão e vigor pelos seus ideais. A causa da morte não foi divulgada.

Fortemente envolvido com os ideais de sustentabilidade e inovação, sempre trabalhou em busca de inovação e tecnologia para o setor. A frente do Fundecitrus, Fundo de Defesa da Citricultura, inspirou que esses pontos fossem fortemente incorporados à instituição.

Quem também lamentou a morte do líder foi o Prof. Dr. Marcos Fava Neves. “Eu perco um grande amigo, o agro perde um dos maiores nomes da citricultura global. Dr. Monaco dedicou boa parte da sua vida a citricultura, sendo presidente do Fundecitrus de 2008 a 2024, de forma voluntária, o que muitos não sabem. A frente da organização, liderou muitos esforços em prol do setor, entre eles, o nosso projeto de Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), que há 10 anos traz dados, informações e conhecimento ao setor. Tive o prazer de trabalhar com o Dr. Monaco por pelo menos 2 décadas. Um grande profissional e um ser humano exemplar. A citricultura perde uma referência, mas seu legado seguirá vivo e sendo lembrado por todos nós!” – lamentou Neves.

Mestre e Doutor pela Universidade da Califórnia, Monaco atuou nos conselhos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sebrae e Cenal. Entre suas atividades profissionais, foi pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Diretor-Geral do Instituto Agronômico, Presidente da Academia de Ciências de São Paulo, Secretário da Secretaria de Tecnologia Industrial (STI), do Ministério da Indústria e do Comércio (MIC), Secretário da Comissão Nacional de Energia (CNE), Presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência e da Tecnologia e Secretário da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

O diretor-executivo Juliano Ayres lamenta profundamente a partida de Monaco, com quem dividiu a gestão do Fundecitrus nos últimos anos. “Dr. Monaco foi um personagem profundamente marcante na história da citricultura. Sua capacidade de gestão, de planejamento e de visão sobre o futuro do nosso setor foi decisiva para enfrentarmos grandes desafios. Foi o presidente com maior tempo de gestão da história do Fundecitrus, e deixa um legado amplo, indescritível e intocável de colaboração, dedicação e amor”.

Dr. Mônaco era um ser humano simples, íntegro, leal, perspicaz e que lutou bravamente por seus sonhos. Ocupou cargos importante no Agro e na Ciência, como presidente da FINEP, foi Secretário de Agricultura de São Paulo e presidente da Câmara Setorial de Citricultura em Brasília. Um homem que se dedicou com imensa paixão pela ciência e agricultura, de modo muito particular pela citricultura. Dedicou os últimos 16 anos de trabalho árduo da sua vida como citricultor e presidente do Fundecitrus, instituição que liderou de forma voluntária e destemida, ajudando-o a se transformar numa instituição de referência mundial em pesquisa e desenvolvimento. Dr. Mônaco deixará muitas saudades e um legado inestimável à citricultura brasileira” – lembrou Juliano Ayres.

“Lourival Monaco foi um conciliador. Um homem sereno. Em momentos de turbulência na citricultura, e não foram poucos, Lourival trabalhou pela coletividade. Vai fazer falta” – disse um internauta. Em outro comentário ressaltaram sua importância. “Dr. Monaco foi um grande mentor e, sem dúvidas, me fez evoluir muito como pessoa e profissional. Grandes aprendizados que ficarão para sempre! Que Deus conforte os corações de todos os familiares e amigos” – lamentou.

Dr. Lourival Carmo Monaco deixa esposa e quatro filhos.

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