Brasil aparece como talvez o grande fornecedor que tenha capacidade de fazer valer esta cota, apesar das limitações de ordem política e geopolítica
O diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, explicou que concorrentes do Brasil na exportação de carne suína, como União Europeia e EUA, possuem plantas habilitadas para embarcar à Rússia, porém, “há limitações de ordem política e geopolítica que fazem com que, na prática, essas unidades não possam enviar os produtos”.
Neste cenário, disse ele, o Brasil aparece como talvez o grande fornecedor que tenha capacidade de fazer valer esta cota.
Rua ainda afirmou que a maneira dos russos controlarem os embarques que fazem parte da cota é emitindo licenças aos importadores que pretendem adquirir a proteína.
As licenças são emitidas pelo governo, afirmou Rua, e os entraves logísticos globais têm tornado o processo de exportação mais demorado. “Essas licenças precisam ser emitidas mais rapidamente.”
Para o executivo, postergar a validade da cota seria o cenário ideal– ou até aumentá-la, a depender da demanda dos russos– e se ela não for postergada, “definitivamente, seria necessário que se acelerassem a emissão dessas licenças”, dada toda a dificuldade logística para que o produto chegue na Rússia.
Fonte: Reuters