Brasil importa mais de 1 milhão de t de milho, veja!

Brasil ultrapassa 1 mi. de t de milho importadas nos 7 primeiros meses de 21 e ainda pode dobrar esse patamar no restante do ano, diz analista.

Ao longo dos sete primeiros meses de 2021, o Brasil importou um total de 1.081.771,5 toneladas de milho não moído, exceto milho doce, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

De janeiro a junho, o volume acumulado era de 937.454,9 toneladas, patamar que já era 101,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2020. Agora, o mês de julho acrescentou outras 144.316,6 toneladas ao total.

“Desde janeiro havia menos milho no mercado e isso estimulou o aumento das compras neste ano. Normalmente o Brasil importa poucos volumes, ficando entre 400 e 500 mil toneladas apenas, já que somos grandes exportadores do grão”, explica o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Do total acumulado até o fechamento de junho, 84% do milho teve originação do Paraguai, 15% da Argentina, 1,3% dos Estados Unidos e 0,03% da África do Sul.

O analista ainda destaca que acredita no encerramento do ano com um total importado na casa dos 2,5 milhões toneladas, o que seria um recorde histórico para o Brasil e vai atuar para limitar as altas dos preços no mercado interno.

Para onde está indo o milho brasileiro?

“Com a alta recente de preços diante de um cenário de incerteza quanto a real oferta de milho da segunda safra, as importações brasileiras do cereal ganharam força esse mês”. A constatação é da Consultoria AgResource Brasil, com base em dados oficiais do Ministério da Economia.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume importado do grão em julho até a semana terminada no dia 23 foi de 1,21 milhão de toneladas. Isso representou uma alta de 860% em relação ao mês anterior e 2.430% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Neste ano, o Brasil já acumula 2,06 milhões de toneladas importadas, alta de 305% em relação ao volume entre janeiro e julho do ano passado. “No pico dos meses de colheita da segunda safra (maio, junho e julho), a oferta de milho no mercado interno é elevada, o que reduz as importações de milho, estimula as exportações e contém o aumento de preços no mercado. No entanto, neste ano, o que foi observado foi o contrário devido às dificuldades climáticas que atingiram as regiões produtoras”, afirma a AgResource Brasil.

“As exportações de milho estão em ritmo lento devido aos preços no mercado interno mais altos, acima de R$ 100 por saca, diante do temor da falta do grão. Nesse caso, importar o produto de países como Argentina e Paraguai foi a solução para alguns players do mercado que buscam o cereal com os preços mais competitivos. Nesse sentido, o setor de alimentação animal se destaca nas importações” finalizou.

Compre Rural com informações do Notícias Agrícolas e Agrolink

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