No final de abril, o Brasil enfrentará uma nova onda de altas temperaturas, com as regiões Centro-Oeste e Sudeste sendo as principais afetadas.
O Brasil está se preparando para mais uma intensa onda de calor, conforme alerta a consultoria Climatempo. Previsto para o final de abril, este fenômeno será o quarto do tipo a ocorrer desde o começo de 2024. A causa do aumento de temperatura é uma área de alta pressão atmosférica na média atmosfera, que cria um bloqueio e impede a movimentação de massas de ar, mantendo o clima seco e quente.
A Climatempo também destaca que essa alta pressão, atualmente fortalecendo-se sobre os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, deverá avançar em direção ao leste da região Sudeste no início de maio. Esse sistema, ao permanecer estacionado sobre o Centro-Sul do Brasil por vários dias, continuará a agir como uma barreira natural, bloqueando a passagem de frentes frias para as áreas do Centro-Oeste e Sudeste. Isso manterá o clima excepcionalmente seco e ainda mais quente.
O efeito desse fenômeno é tal que intensifica o calor do topo para a base da atmosfera, inibindo a formação de nuvens e aumentando as temperaturas progressivamente. Mesmo durante o outono, estação em que normalmente as temperaturas começam a diminuir, o ar quente predomina devido à ausência de massas de ar frio significativas capazes de alterar esse padrão.
Cidades como Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte, já sentem esses efeitos. Nestes locais, o mês de abril vem mostrando uma queda nas médias de temperatura quando comparado a meses anteriores, um padrão atípico exacerbado pela menor incidência de radiação solar e dias mais curtos típicos da época.
As previsões de temperatura para o mês de abril indicam valores médios nas seguintes capitais: Campo Grande está com uma média de 29ºC, Cuiabá com 33ºC, Goiânia com 31ºC, São Paulo com 26.6ºC, e Belo Horizonte com 27.6ºC.
A Climatempo ressalta que áreas específicas como o centro e oeste de São Paulo, o noroeste do Paraná, o Mato Grosso do Sul, o Triângulo Mineiro, e o sul de Goiás estão previstos para experimentar temperaturas acima dos 35ºC em diversos pontos. Além de tardes quentes, espera-se que as madrugadas se mantenham abafadas nessas regiões ao final de abril e início de maio, principalmente devido ao fluxo de ar quente.
Por outro lado, em algumas áreas de Minas Gerais, no leste de São Paulo, em Goiás e no Distrito Federal, as temperaturas mínimas podem ser mais baixas, influenciadas pela subsidência do ar e condições mais secas. Isso resulta em uma grande variação térmica diária, com diferenças entre máximas e mínimas que podem oscilar entre 18ºC, 20ºC e até 22ºC.
Esse padrão de calor intenso deve prevalecer em grande parte do Centro-Sul do Brasil até pelo menos o dia 2 de maio. Modelos meteorológicos apontam a possibilidade desse cenário se estender pela primeira semana de maio. As condições climáticas continuarão sendo monitoradas para fornecer atualizações sobre a persistência e o impacto deste fenômeno.
Chuva
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), espera-se que a última semana de abril, entre os dias 22 e 29, seja marcada por significativas precipitações em diversas partes do Brasil. Estima-se que os volumes de chuva possam superar os 80 milímetros, especialmente no norte do país, impulsionados pela combinação de calor, alta umidade e a influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que continua a fomentar instabilidades climáticas na região.
Na região Norte, a previsão aponta para chuvas frequentes ao longo da semana, com acumulados superiores a 70 mm em estados como Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Essas chuvas podem ser acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Outras áreas da região podem ainda experimentar chuvas isoladas, embora com acumulados menores.
No Nordeste, a presença da ZCIT promoverá condições de forte instabilidade, especialmente no norte do Maranhão, Piauí e Ceará, onde se espera chuvas acima de 70 mm. Na região leste, incluindo os estados de Sergipe, Alagoas e Bahia (Sealba), os acumulados podem exceder 60 mm. O litoral da Bahia, em particular, poderá receber chuvas intensas com volumes superiores a 100 mm, resultado do transporte de umidade do oceano para o continente. Por outro lado, no interior da Bahia, não há previsão de chuvas significativas.
Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, predominará um clima quente e seco durante a semana, com exceção do noroeste de Mato Grosso e norte do Espírito Santo, onde são esperadas chuvas breves e esporádicas.
Por fim, a região Sul do país começará a semana enfrentando tempestades, devido ao calor e alta umidade, principalmente no Rio Grande do Sul. À medida que a semana avança, um sistema frontal sobre o oceano continuará a causar chuvas intensas sobre o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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