Brasil é ameaçado com praga vinda da China; entenda

Conheça a praga da Ásia que chegou ao Brasil pelo Porto de Santos e ameaça se espalhar pelo país

Uma praga originária da Ásia, conhecida por causar danos significativos a plantações, foi identificada no Brasil após entrar pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Especialistas alertam para o risco de a praga se espalhar por outras regiões do país, o que poderia impactar a agricultura e a economia brasileira. O percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo) é uma espécie originária da China, de pouco mais de 1 centímetro, corpo verde ou amarelo e pintas amarelas.

O percevejo foi provavelmente introduzido na Baixada Santista por navios.

A praga, que afeta principalmente culturas como arroz, milho e soja, foi detectada durante uma inspeção de rotina realizada por autoridades fitossanitárias. Acredita-se que ela tenha entrado no país por meio de cargas internacionais desembarcadas no porto. Agora, há preocupação com sua rápida disseminação, já que o clima tropical do Brasil pode favorecer sua proliferação.

No Japão, na China e em outros países da Ásia, onde o percevejo tem ocorrência natural, a espécie é considerada um risco para a agricultura.

Autoridades agrícolas e órgãos de defesa sanitária estão em alerta e já iniciaram medidas de controle para evitar que a praga se estabeleça em outras áreas. Entre as ações estão a intensificação de fiscalizações em portos e aeroportos, além de campanhas de conscientização para produtores rurais.

Um dos primeiros registros da praga foi capturada pelo estudante Yan Lima, da Universidade Católica de Santos, no estado de São Paulo. Tratava-se de uma ninfa no quarto estádio de desenvolvimento. O estudante submeteu seu registro ao site iNaturalist, projeto de ciência cidadã em que são compartilhadas fotografias e observações com o objetivo de construir e mapear a biodiversidade mundial. Em fevereiro de 2021, uma ninfa de quinto estádio foi encontrada na mesma árvore da anterior e, criada em laboratório, atingiu o estágio adulto. A planta hospedeira fica a cerca de 200 metros do Porto de Santos, um dos maiores e mais movimentados do Brasil.

Regiões portuárias costumam representar mais risco como vias de entrada de novas pragas, sendo, por isso, alvo de inspeção rotineira por parte das autoridades sanitárias. Assim, segundo o noticiado, o Ministério da Agricultura já vem monitorando de perto a situação de Erthesina fullo.

A introdução de pragas exóticas representa um risco significativo para a agricultura, podendo causar prejuízos econômicos e ambientais. Por isso, é fundamental que medidas preventivas sejam adotadas para proteger as lavouras e evitar impactos negativos no setor agrícola brasileiro, um dos pilares da economia do país.

A população também pode colaborar, informando às autoridades qualquer suspeita de infestação em plantações. A detecção precoce é essencial para conter a propagação da praga e minimizar seus efeitos.

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