Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes participa da China International Import Expo 2024 e lança novo projeto para expandir exportações de carne bovina no mercado chinês
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões.
Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações somam 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, com um faturamento de US$ 9,16 bilhões. Na comparação com os primeiros nove meses de 2023, os embarques aumentaram 28,3% enquanto o faturamento cresceu 20%.
A China, que respondeu por 44,5% das exportações brasileiras de carne bovina no acumulado do ano, aumentou suas compras em 10%. Contudo, o faturamento recuou 0,9%, reflexo de ajustes nos preços médios praticados.
De acordo com Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, o aumento das exportações reflete os esforços contínuos do setor privado, em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do Itamaraty, do MDIC e ApexBrasil. “Estamos empenhados em ampliar a presença da carne bovina brasileira nos mercados internacionais, com foco na diversificação dos destinos e na consolidação em mercados tradicionais, como a China”, destacou Camardelli.
Exportações para a China devem aumentar
De 05 a 10 de novembro, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) participa da China International Import Expo (CIIE), em Xangai, na China. A mostra é uma iniciativa do governo chinês, através do Ministério do Comércio da China, em parceria com o governo municipal de Xangai e conta, também, com o apoio de diversas organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
A Abiec integrará o estande de Alimentos e Bebidas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), junto com as empresas Cooperfrigu, Prima Foods, Barra Mansa, Frigoestrela, Iguatemi, Frigosul, Naturafrig, Masterboi, Frigol, Frisa, Better Beef. A participação no evento é uma das ações estratégicas de divulgação da carne bovina brasileira no mundo, pelo projeto Brazilian Beef, iniciativa da Abiec e com a ApexBrasil.
- Iniciado em 2001, o projeto setorial Brazilian Beef, uma parceria entre ApexBrasil e ABIEC, tem o objetivo de fortalecer a imagem da carne bovina brasileira, melhorando a percepção de sua qualidade nos países importadores e ampliando, assim, a participação brasileira no mercado mundial de carnes. Em 20 anos, já foram firmados dez projetos, com investimentos de mais de R$ 60 milhões e crescimento das exportações em mais de 500%.
A CIIE funciona como uma plataforma para que empresas de todo o mundo, que suprem ou almejam exportar para o mercado chinês, apresentem seus produtos, tecnologias e serviços. Representantes de mais de 150 países e regiões estarão presentes.
“Todos os eventos que focam nas relações comerciais com a China são estratégicos para a Abiec, já que o país é o principal destino da carne bovina brasileira, e hoje responde por 54,4% de todo o volume exportado pelo Brasil. A exposição é uma oportunidade para as empresas estrangeiras se conectarem com o mercado chinês, mostrarem suas inovações e fortalecerem parcerias comerciais em um ambiente dinâmico e competitivo”, explica o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.
Embora já seja o maior mercado para a carne bovina do Brasil, a Abiec considera que ainda há uma grande margem para expansão, sobretudo fora dos eixos de Pequim – capital política – e Xangai, centro financeiro. Por isso, junto com a ApexBrasil, no escopo do projeto Brazilian Beef, a Abiec vai lançar o projeto The Beef and Road: bridging the Brazil–China Beef Routes. O lançamento será no dia 07 de novembro, no Cordis Hotel Xangai, às 20h, horário local.
“O foco deste projeto é abrir novas rotas para a carne bovina brasileira. Com a expansão para o interior, o Brasil busca consolidar-se como um fornecedor confiável e de qualidade em todo o território chinês, aproveitando o crescente ‘apetite’ por carne bovina e a diversificação dos canais de distribuição nas regiões mais afastadas dos grandes centros”, argumenta Camardelli.
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