BR-163: paralisação afeta exportações de soja e milho

Sua paralisação impacta nas exportações de cerca de 50 mil toneladas de soja e milho que passam diariamente pela rodovia rumo ao Porto de Miritituba.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) chamou a atenção há pouco, em nota, para a importância da BR-163 para o agronegócio brasileiro, após o bloqueio da rodovia por índios caiapós, na altura de Novo Progresso (PA), entre segunda-feira e hoje.

A Abiove reforçou que a BR-163 é “um corredor logístico vital para a agricultura do Centro-Oeste” e acrescentou: “Sua paralisação impacta nas exportações de cerca de 50 mil toneladas de soja e milho que passam diariamente pela rodovia rumo ao Porto de Miritituba (PA)”.

A entidade ressaltou também que a BR-163 “é um importante canal para a importação de insumos” e que, “todos os dias, o Porto de Barcarena (PA) recebe 1,5 milhão de litros de combustíveis e 300 toneladas de fertilizantes em direção às áreas produtoras de grãos”. Segundo a Abiove, trata-se de insumos fundamentais para o agronegócio brasileiro, “especialmente neste período de preparativos para o plantio que ocorre nos meses de setembro e outubro”.

Os índios caiapós bloquearam a BR-163 na manhã de ontem, no km 302, na altura de Novo Progresso (PA), mas a juíza federal de Itaituba (PA) Sandra Maria Correia da Silva concedeu liminar de reintegração de posse para desbloqueio da rodovia.

A desobstrução do tráfego ocorreu por volta do meio-dia desta terça-feira, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), embora os índios prometessem retomar os protestos às 18h. Até o momento, não há confirmação oficial de que eles tenham bloqueado novamente a rodovia.

Fonte: Estadão Conteúdo

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