Segundo as declarações do ex-Presidente Bolsonaro, ele retorna ao país e vai lutar pelas pautas de facilitação da posse e do porte de armas, além do combate ao aborto.
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse que planeja retornar ao Brasil em março para liderar a oposição política ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se defender das acusações de que teria incitado os ataques às sedes dos Três Poderes no mês passado, segundo o jornal The Wall Street Journal.
O ex-presidente disse ao jornal, em sua primeira entrevista desde que viajou para Flórida, em dezembro do ano passado, que o movimento de direita não está morto.
Bolsonaro declarou na entrevista que irá trabalhar com aliados no Congresso e governadores para defender sua pauta de costumes, que combate o aborto e medidas contrárias aos valores da família, além da facilitação da posse e do porte de armas.
Ao WSJ ele disse que perder faz parte em uma eleição e que não dá para falar em fraude, mas que o processo foi invejado, o que o jornal descreveu como uma tentativa aparente de moderar as críticas ao sistema eleitoral brasileiro, depois de nunca ter reconhecido abertamente uma derrota para Lula.
Bolsonaro também rebateu na entrevista as tentativas de associá-lo aos ataques de 8 de janeiro em Brasília, argumentando que nem sequer estava no Brasil na data e que é inocente. Minimizando os atos promovidos por apoiadores de sua candidatura, ele sugeriu ser inapropriado falar em tentativa de golpe porque não existiam na ocasião comandantes, tropas e bombas.
Cercado por investigações que analisam tanto sua eventual responsabilidade nos atos violentos quanto a prática de abusos na campanha que podem torná-lo inelegível, o ex-presidente disse que está ciente das possíveis consequências de seu retorno ao Brasil, o que incluiria o risco de ser preso. Ele lembrou o caso do ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi parar na prisão após deixar o cargo.
O ex-mandatário afirmou ainda que se vê como o líder nacional da direita e que não há ninguém mais apto no momento a assumir o papel de organizador desse grupo. O ex-presidente indicou que apoiará candidatos conservadores na eleição municipal do ano que vem.
Bolsonaro afirmou na entrevista, ao ser questionado se faria algo diferente durante a pandemia de Covid-19 caso pudesse, que não diria nada sobre o assunto, deixando a questão para o Ministério da Saúde. Disse ainda que sua frase de pessoas que foram vacinadas virariam jacaré foi apenas uma força de expressão.
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No início deste mês, Bolsonaro disse, em entrevista a um influenciador de direita americano que apoia o ex-presidente americano Donald Trump e é investigado por envolvimentos na invasão ao Capitólio em 2021, que seu retorno ao Brasil ocorreria nas semanas seguintes.
Agora, grande parte dos seus apoiadores políticos e, até mesmo a população da direita, aguarda o retorno do ex-Presidente e prometem, juntos, fazer oposição ao atual Governo Lula. Muitas pautas estão em discussão e podem, em um certo momento, aumentar ainda mais o revanchismo entre a população que já se vê muito polarizada.
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