Bolsonaro quer ampliar posse e porte de armas

Bolsonaro pede que Congresso amplie posse e porte de armas; Presidente relaciona aumento de registros à redução no total de mortes.

O presidente Jair Bolsonaro pediu hoje (29) que o Congresso Nacional aprove a ampliação da posse e do porte de armas no país. Em postagem na rede social Twitter, ele relacionou o crescimento no registro de armas de fogo à diminuição do número de mortes.

 “Registro de armas de fogo cresceu 50% no corrente ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. Segundo ‘especialistas’, o número de mortes deveria aumentar no Brasil, mas na prática caiu 22%. Dependo do Parlamento para ampliar o direito à posse/porte para mais cidadãos”, escreveu o presidente.

O presidente da República está na Base Naval de Aratu, unidade da Marinha em São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador. Bolsonaro deixou Brasília na tarde de sexta-feira (27) para passar o recesso de fim de ano na capital baiana.

Ele afirmou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não viajou com ele porque deve passar por uma pequena cirurgia nos próximos dias.

Relembre como foi sancionada a lei que permite posse de arma em toda área rural

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou o projeto de lei que permite a moradores rurais ter a posse de arma de fogo em toda a extensão de imóvel localizado no campo.

O texto foi sancionado sem vetos. Permitir a posse de arma além da sede do domicílio rural é um pleito antigo da bancada ruralista que enxerga na medida mais maneiras de se defender da violência no campo, como o roubo de rebanhos. Críticos dizem que a medida pode agravar a violência no campo.

Segundo a Presidência, a medida “confere segurança jurídica e impede divergências interpretativas, conferindo ao proprietário o direito de exercer a sua posse de arma em toda a sua propriedade rural”. Até então, residentes em áreas rurais só poderiam ficar com a arma na sede do imóvel. Agora, poderão ter a arma em todo o terreno da propriedade.

A assinatura aconteceu em evento restrito a convidados no Palácio da Alvorada, residência oficial onde mora o presidente. Participaram da cerimônia parlamentares aliados e ministros de Estado, como Jorge Oliveira (Secretaria-Geral).

O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de agosto e seguiu para sanção presidencial. foi o prazo final para Bolsonaro assinar o projeto e torná-lo lei.

Ao chegar na Alvorada, após cirurgia e recuperação em São Paulo, Bolsonaro falou que não iria “tolher mais ninguém de bem a ter sua posse ou porte de arma de fogo”.

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