Bolsonaro pede na TV ‘volta à normalidade’ e fim do ‘confinamento em massa’ e diz que meios de comunicação espalharam ‘pavor’. E agora o que fazer?
Em pronunciamento à nação às 20h30 de ontem, em rede nacional de TV e rádio, o presidente Jair Bolsonaro disse que, desde o início da pandemia do novo coronavírus, era preciso “conter o pânico e a histeria e traçar estratégias para salvar vidas”. Ele elogiou as ações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no planejamento estratégico de esclarecimento e atendimento no Sistema Único de Saúde.
Bolsonaro criticou a imprensa, colocando-a como responsável por “espalhar a sensação de pavor” ao divulgar o grande número de vítimas na Itália, país que, segundo ele, tem grande número de idosos e clima diferente do Brasil. Em seguida, parabenizou a mídia por, “de ontem para hoje”, pedir calma à população.
O presidente criticou também algumas autoridades que “devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa”. Segundo ele, não há motivo para fechar escolas, uma vez que o grupo de risco é composto por, também, pessoas com mais de 60 anos. “São raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos”, disse.
Embora critique as medidas, Bolsonaro afirmou que deve haver “extrema preocupação” em não transmitir o vírus para outras pessoas. Ele disse que, no próprio caso, se fosse infectado, não precisaria se preocupar, devido ao seu “histórico de atleta”.
Bolsonaro disse que o FDA (agência reguladora dos EUA) e o Hospital Albert Einstein estão buscando comprovação da cloroquina para uso das pessoas com covid-19. Por fim, prestou homenagem aos profissionais da saúde.
“Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos”, disse o presidente (Agencia Brasil)
Em pronunciamento no rádio e na TV na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo coronavírus (covid-19) está sendo enfrentado e pediu calma à população. “Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou que as autoridades devem evitar medidas como proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”, destacou.
O presidente voltou a dizer que o grupo de risco para a doença é o das pessoas acima dos 60 anos de idade e que não teria necessidade de fechamento de escolas, já que são raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos. Segundo ele, 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus, “em especial aos nossos queridos pais e avós”.
Sobre os trabalhos das equipes de saúde em todo o país, coordenadas pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, Bolsonaro confirmou que ocorreu um planejamento estratégico para manter um atendimento eficaz dos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).
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Jair Bolsonaro disse ainda acreditar na capacidade dos cientistas e pesquisadores para a cura dessa doença e falou que o governo recebeu notícias positivas sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19. Ele aproveitou o pronunciamento para agradecer quem está na linha de frente no combate ao novo coronavírus.
“Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, técnicos e colaboradores, que na linha de frente nos recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam.”
Por Agencia Brasil