Segundo boletim médico, o presidente realizou exames de imagem e os resultados foram compatíveis com pneumonia, estado de saúde preocupa
O presidente Jair Bolsonaro teve um episódio isolado de febre na noite de quarta-feira e teve detectada uma pneumonia que está sendo tratada por antibióticos, disse nesta quinta-feira o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros.
Segundo boletim médico do hospital Albert Einstein, onde Bolsonaro passou por uma cirurgia no dia 28 de janeiro, o presidente realizou exames de imagem e os resultados foram compatíveis com pneumonia.
“O excelentíssimo presidente da República, Jair Bolsonaro, permanece internado na Unidade Semi-Intensiva do hospital Israelita Albert Einstein. Apresentou, ontem à noite, episódio isolado de febre sem outros sintomas associados, foi submetido à tomografia de tórax e abdome que evidenciou boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia”, afirma o boletim desta quinta-feira.
“Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos. Continua sem dor, com sonda nasogástrica, dreno no abdome e recebendo líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral. Hoje, realizou exercícios respiratórios e caminhou no corredor”, acrescentou o boletim.
Em entrevista à imprensa no hospital, Rêgo Barros disse que a febre de Bolsonaro foi de 38 graus e que os médicos acrescentaram um novo antibiótico aos medicamentos ministrados ao presidente.
“O presidente vem recebendo administração de antibióticos de amplo espectro. Os médicos acharam por bem acrescentar à antibioticoterapia um novo componente, uma nova droga, de forma que esse espectro possa ser ainda maior, e têm a convicção de que essa ação vai debelar essa pneumonia que foi encontrada em seu pulmão”, disse o porta-voz.
“Eles fizeram os exames tanto viral quando bacteriano e descartaram o viral. Então trata-se de uma questão bacteriana. Não sei se posso aprofundar um pouco mais, algumas causas podem ser a geradora dessa pneumonia, mas ficar na suposição não me parece adequado, de forma que eu não vou citar”, acrescentou.
Indagado, o porta-voz disse que não sentiu dos médicos um aumento da preocupação com o estado de saúde do presidente.
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Rêgo Barros disse ainda a jornalistas que Bolsonaro está com bom estado de ânimo e que, inclusive, fez brincadeiras com enfermeiras e com o operador da máquina de tomografia quando ele se submeteu ao exame na noite de quarta-feira.
Rêgo Barros disse ainda a jornalistas que Bolsonaro está com bom estado de ânimo e que, inclusive, fez brincadeiras com enfermeiras e com o operador da máquina de tomografia quando ele se submeteu ao exame na noite de quarta-feira.
Em Brasília, o vice-presidente Hamilton Mourão procurou minimizar o assunto. Questionado se não seria o momento de voltar a assumir a Presidência, para que Bolsonaro possa se restabelecer com tranquilidade, Mourão foi sucinto: “Não.”
“Vamos aguardar o que é esta questão da pneumonia. O dado que tem ainda é incipiente, né? É normal quando a pessoa fica muito tempo deitada. Ambiente de hospital tem esse problema, então vamos aguardar”, disse a jornalistas.
No dia 28 de janeiro, Bolsonaro se submeteu a uma cirurgia para retirada de uma bolsa de colostomia e para reconstrução de seu trânsito intestinal que durou cerca de sete horas. Foi a terceira cirurgia a que ele se submeteu depois de sofrer uma facada em setembro do ano passado durante evento de campanha.
O primeiro procedimento foi uma operação de emergência em Juiz de Fora (MG), onde ele sofreu o atentado, e posteriormente, já em São Paulo, ele teve de passar por nova cirurgia por conta de aderências na parede intestinal.
O presidente tem despachado e assinado atos no hospital.
Fonte Reuters