Irmão de Eraí Maggi – Rei da Soja-, megaempresário da soja diz que Bolsonaro é ruim de serviço e elogia PT; Citando que o antigo Governo “emprestava mais dinheiro a juros baixo”; Confira abaixo!
“Rapaz, que fria esse presidente, né?” disse em áudio no WhatsApp, o empresário rural Elusmar Maggi, primo do ex-ministro Blairo Maggi e irmão de Eraí Maggi (conhecido como “rei da soja”), diz que Jair Bolsonaro (PL) é “ruim de serviço” e um “simples motoqueiro”. Entenda abaixo o que foi dito por ele!
“Rapaz, que fria esse presidente, né? Se fosse bom tinha dado uma verba que nem o PT deu para fazer armazéns. Treze anos para pagar com três anos de carência. Aí esse vídeo não estaria na rua. Esse presidente é muito ruim de serviço”, diz Elusmar, em áudio de WhatsApp divulgado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (18).
“O armazém que está do lado aí é dinheiro que o PT deu para fazer. Jurinho de 2,5%, 13 anos para pagar, três anos de carência. Agora esse presidente aí não passa de um simples motoqueiro. Dando mau exemplo para a nação ainda”, afirma Elusmar.
O áudio vazou para as redes sociais na sexta-feira (15). Pessoas ligadas a Elusmar confirmaram a autoria do conteúdo. Mas afinal de contas, o que ele disse é verdade? O Agro apoia o Presidente Bolsonaro? Quem se beneficiou com as políticas no Governo do PT?
É preciso lembrar da grande contradição em que o comandante do PT, o ex-presidente Lula, tem dito em seus discursos. Ele ressaltou que não apoia o agronegócio e que condena as ações do setor no país. Ressaltamos ainda que foi, justamente em seu governo, que a JBS se tornou uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo!
Em nota, a Bom Futuro, empresa da qual Elusmar é um dos sócios, afirma que “não se pronuncia a respeito de posicionamentos pessoais de seus acionistas, reforçando porém, que preza pela liberdade expressão de todos os seus acionistas e colaboradores.”
O agronegócio em Mato Grosso, estado da família Maggi, está sofrendo com divergências políticas desde a oficialização da aliança entre o deputado federal Neri Geller (PP-MT) e a federação PT, PV e PC do B para sua candidatura ao Senado.
Alguns comentários, na publicação acima, dizem que Elusmar está de parabéns por expor a verdade. “Máquinas Agrícolas também eram financiadas com as mesmas condições. Os bancos tomavam iniciativas de oferecer créditos aos produtores, estimulando os projetos de investimentos e modernização. Parabéns a esse mega produtor por expor a verdade!”, apontou um apoiador da esquerda.
Uma ala do agronegócio no Mato Grosso, estado dos Maggi, tem se aproximado da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neri Geller (PP), deputado que é liderança da bancada ruralista, fechou acordo com o ex-presidente e Geraldo Alckmin (PSB) e receberá apoio em sua candidatura ao Senado pelo Mato Grosso.
Geller é um dos principais representantes da bancada ruralista na Câmara dos Deputados e conta com o apoio do ex-governador Blairo Maggi em sua candidatura. A união foi criticada pelo Sindicato de Produtores Rurais de Sinop, que afirmaram em nota que a aliança visa apenas dar suporte ao grupo empresarial Amaggi, do ex-governador.
O Agro apoia Bolsonaro?
“O agronegócio será fundamental na eleição”, avalia o empresário e ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera, que comandou a pasta entre 1990 e 1992, no governo de Fernando Collor, em entrevista ao InfoMoney. “Há vários atores políticos importantes, sobretudo na bancada ruralista, e também muitos governadores que são ligados ao agro.”
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Para Cabrera, o agro deve reeditar neste ano o suporte dado a Bolsonaro nas eleições de 2018. “Vai haver uma dificuldade muito grande de se posicionar do outro lado, agora que a terceira via não deve mesmo se viabilizar. Não tem mais [Sergio] Moro, não tem Simone Tebet. É Lula ou Bolsonaro”, opina.
“É impensável que alguém ligado ao agronegócio diga que vai ficar com o Lula. Aí já seria um voto pura e simplesmente ideológico, um voto perdido”, afirma. “Não podemos enxergar a eleição como uma maneira de satisfazer nossas vontades individuais. Temos que optar entre as duas candidaturas colocadas. Eleição é escolha.”