Presidente do Brasil recebeu 24% dos 9 milhões de votos contabilizados; Donald Trump e profissionais da saúde que atuaram no combate à Covid-19 completam o pódio
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito a Personalidade do Ano de 2021 da revista “Time” em uma votação realizada pelos leitores do veículo. O anúncio da vitória do mandatário brasileiro foi feita pela publicação nesta terça-feira, 7. Dos quase 9 milhões de votos dados, Bolsonaro recebeu 24% (cerca de 2,1 milhões). O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derrotado por Joe Biden na última eleição presidencial e possível candidato no pleito de 2024, ficou na segunda colocação, com 9% dos votos.
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, fez o anúncio. “O presidente acabou de ganhar mais uma eleição: a eleição popular da Times. Com mais de 2 milhões de votos, ele foi escolhido a personalidade do ano em 2021″
O chefe do Executivo falou sobre a votação e agradeceu. “Quem votou em mim, muito obrigada aí. Votaram bem“, disse contente.
A terceira posição ficou com os profissionais da saúde que atuaram no combate à Covid-19, com 6,3% dos votos. O russo Alexei Navalny, ativista político que foi envenenado e preso, ocupa a quarta posição da lista com 6% dos votos dos leitores. Ele é considerado o principal opositor do presidente Vladimir Putin. Fechando o top 5, os cientistas que ajudaram no desenvolvimento das vacinas receberam 5,3% dos votos. Também haverá o prêmio de Personalidade do Ano de 2021 em eleição realizada entre os editores da revista, que será anunciado no dia 13 de dezembro.
No site da publicação, a revista caracteriza Bolsonaro como “um líder polêmico”, que enfrenta uma desaprovação crescente sobre o modo como lida com a economia e que enfrentou críticas generalizadas de políticos, tribunais e especialistas em saúde pública por minimizar a gravidade da covid-19 e exibir ceticismo em relação à vacina.
“Mais recentemente, Bolsonaro foi criticado pelo Supremo Tribunal Federal, que ordenou uma investigação oficial sobre os comentários do presidente em 24 de outubro, alegando falsamente que tomar as vacinas contra o coronavírus poderia aumentar a chance de contrair Aids. (O Facebook e o Instagram retiraram a transmissão ao vivo dias depois de ela ter sido postada on-line, citando uma violação de suas regras.)”, diz um trecho.