Bolsonaro voltou a criticar a regra interna da Petrobras que atrelou os preços dos combustíveis praticados no Brasil ao valor do barril do petróleo e à variação do dólar, adotada pela estatal no governo Michel.
BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que o governo federal prepara medidas para combater a alta dos preços dos combustíveis e afirmou que a paridade entre o valor do barril de petróleo no mercado internacional e o preço de combustíveis praticados nas bombas dos postos no Brasil “não pode continuar”.
Em uma entrevista para uma rádio de Roraima, Bolsonaro confirmou que terá nesta segunda à tarde uma reunião para discutir o assunto. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, estuda-se criar uma espécie de subsídio para garantir o preço local frente aos aumentos no mercado internacional, intensificados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Hoje à tarde vamos fazer uma nova reunião, vamos buscar uma alternativa”, disse. “Se for repassar isso tudo agora (o aumento do petróleo no mercado internacional) daria um aumento de 50% nos combustíveis. A população não aguenta.”
- Você sabe por que os humanos começaram a beber leite de vaca?
- CerealCred: nova solução de crédito para associados da Acebra em parceria com a Farmtech
- Prestes a realizar o maior leilão da história do Quarto de Milha, Monte Sião Haras adquire totalidade da égua mais cara do Brasil
- Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
- Mudanças climáticas redesenham a agricultura brasileira
Na entrevista, Bolsonaro voltou a criticar a regra interna da Petrobras que atrelou os preços dos combustíveis praticados no Brasil ao valor do barril do petróleo e à variação do dólar, adotada pela estatal no governo Michel Temer. “Tem uma legislação errada feita lá trás que dá paridade entre preço do petróleo e o preço do combustíveis. Isso não pode continuar”, afirmou.
Ao contrário do que disse o presidente, no entanto, a paridade não é uma lei, mas parte do estatuto da empresa. Para a Petrobras, a norma garante a sanidade financeira da empresa, que deixou de subsidiar o valor dos combustíveis e repassa todos os aumentos às refinarias.
Fonte: Reuters