Oferta limitada deve impulsionar cotações a partir de abril; Tendo em vista que o consumo tende a melhorar com a retomada da economia no país!
De janeiro a março, os preços do leite no campo registraram queda acumulada real de 10,7% (deflacionados pelo IPCA de março/21). Ainda que nesse período a produção seja favorecida pelas chuvas do verão no Sudeste, o movimento de desvalorização neste ano não esteve atrelado a uma situação de sobreoferta, mas, sim, ao enfraquecimento da procura por lácteos.
E essa diminuição na demanda se deve à queda no poder de compra do brasileiro, à elevação do desemprego, ao fim do recebimento do auxílio emergencial para muitas famílias e ao agravamento dos casos de covid-19.
Mesmo com demanda enfraquecida, preços dos leites UHT e em pó sobem
A demanda por derivados lácteos seguiu desaquecida no mercado atacadista de São Paulo ao longo de março, mas os preços de alguns produtos apresentaram alta no mês. Segundo agentes consultados pelo Cepea, houve pressão contínua dos canais de distribuição por preços mais atrativos.
Contudo, a redução dos estoques de lácteos e a elevação do custo da matéria-prima em março levaram indústrias a reajustarem positivamente as cotações de alguns derivados.
Alta no dólar alavanca exportações em março
Apesar da oferta limitada de matéria-prima no mercado brasileiro, o dólar em patamar recorde e a fraca demanda doméstica incentivaram as vendas externas de produtos lácteos em março. Dado da Secex mostram que as exportações cresceram 63% de fevereiro para março, somando 3,4 mil toneladas.
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Com preço do milho recorde, relação de troca é a pior em 10 anos
As consecutivas valorizações do milho neste ano – cereal que é negociado a preço recorde real – têm criado um cenário de alerta ao produtor leiteiro, que já enfrenta três meses de queda na receita – no primeiro trimestre, o valor do leite pago ao produto caiu quase 10%. Nesse contexto, dados do Cepea mostram que o atual poder de compra do produtor de leite frente ao milho é o mais desfavorável em 10 anos.
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