Um grande “dilema” que vamos discutir agora, a imagem acima é de um animal com uso de hormônio ou apenas trabalho de seleção genética? Veja!
A pecuária, de forma globalizada, vem evoluindo a passos largos e com uma demanda crescente. O investimento em tecnologias que visam o aumento de produtividade é, e foi, fundamental para podermos alcançar os números que temos hoje. Mas afinal, os bois usam hormônios ou isso é trabalho em melhoramento genético?
A imagem de destaque dessa matéria, do bezerro acima, ganhou inúmeros compartilhamentos e comentários de todos os tipos. Diante de toda essa repercussão, viemos explicar melhor e mostrar que os bois não usam hormônios, como muitos pensam por ai!
Pois bem, a tecnologia se tornou uma grande aliada da pecuária, o melhoramento genético criou modelos e nos permite, hoje, obter animais precoces – reprodutivo e produtivo – garantindo um alimento de qualidade e em um menor espaço de tempo e área. Raças foram especializadas em certos aspectos, como a raça Piemontesa.
Sobre a raça
O gado Piemontês atual é o melhor exemplo da característica de dupla musculatura, com ossos e pele fina. Como resultado o Piemontês tem o melhor rendimento de carcaça e melhor porcentagem de cortes de todas as raças. O Piemontês é uma raça moderna. Sua produção de carne é diferenciada porque agrada os consumidores e atende as exigências dos produtores.
Confira o lote abaixo, bezerros com grande proporção de músculo e como se diz “excelente estrutura”, garantindo que não há hormônio e sim genética de qualidade, selecionada para tal propósito.
NOTA
O uso de anabolizantes é reconhecidamente uma ferramenta bastante eficaz em aumentar a produtividade animal, tanto individual como do sistema como um todo. Porém, o uso dessa ferramenta é proibido no Brasil. Exceto aqueles destinados a reprodução, como a IATF.
Em geral, o Piemontês garante um rendimento de carcaça acima de 65%, podendo chegar a 72%. O rendimento de músculos chega a 84%, significando 432 kg de carcaça aos 16 meses de idade.
A Raça Piemontesa tem contribuído exatamente aumentando os índices zootécnicos produtivos e reprodutivos naquelas propriedades nas quais está sendo utilizada.
No tocante a Raça Piemontesa, afirmamos que os problemas de parto são pequenos e na sua maioria solucionados com manejo adequado. Com relação à performance de crescimento e conversão alimentar, a raça é reconhecida como uma das melhores no mundo para estas características (demonstrada pela sua precocidade tanto produtiva como sexual).
Deformações ósseas não são preocupações e nunca foram descritas, assim como as alterações no ritmo respiratório e frequência cardíaca, sendo que os animais dificilmente procuram a sombra por desconforto térmico nas regiões quentes do Brasil.
No aspecto reprodutivo é evidente a precocidade sexual, tanto que as coletas de sêmen para teste de progênie são feitas aos 12 meses de idade nos machos e a puberdade das fêmeas já ocorre aos 8 meses. A produção leiteira também é alta para os padrões de uma raça de corte, tanto que no último controle leiteiro feito pela Associação Italiana da raça a média do rebanho foi de 2400 kg de leite para lactação de 305 dias.
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A este fenômeno damos o nome de realidade brasileira.
É muito fácil apontar defeitos e recomendar atitudes do tipo “não façam isto porquê não vai dar certo”. A pouco assistida categoria dos pecuaristas brasileiros precisa de contribuições positivas e soluções que resolvam seus problemas.
Concluindo
O trabalho realizado, alinhando o melhoramento genético a nutrição de qualidade, vem garantindo ao setor da pecuária alcançar números cada vez mais impressionantes. Sendo assim, é preciso entender que o uso de tecnologias se torna extremamente importante para o crescimento contínuo em produção e qualidade dos alimentos.
ISSO É GENÉTICA E NUTRIÇÃO, A PECUÁRIA NÃO USA ANABOLIZANTES!