Boiada sumiu e apagão traz valorização da arroba, veja!

Apagão de boiada encosta a arroba na casa dos R$ 210; Cotação paulista reverbera em outros locais e mostra a escassez de animais prontos para o mercado externo.

O atual apagão de boiada gorda no mercado brasileiro fez a arroba se aproximar dos R$ 210, a prazo, no Noroeste de São Paulo, de acordo com dados apurados pela Informa Economics FNP.

“Os frigoríficos exportadores paulistas conseguem pagar valores mais altos devido à boa remuneração das vendas internacionais de carne bovina, consequência da valorização do dólar sobre o real em maio”, afirma a consultoria. Os pecuaristas que têm o chamado “boi-China” (animais com idade de até 30 meses) recebem valores entre R$ 5 e R$ 10 mais altos em relação aos preços do gado padrão, informa a FNP.

Segundo a consultoria, apesar do avanço do tempo seco e piora na qualidade dos pastos, alguns pecuaristas optam pela retenção da boiada pronta, visando melhores preços para efetivar a troca por animais de reposição, cujas cotações estão nas alturas, em razão da fase de alta do ciclo pecuário.

No segmento atacado, o escoamento da carne bovina nas prateleiras dos supermercados se mostrou um pouco mais ativo nesta primeira semana do mês, puxado pela entrada da massa salarial da população consumidora, de acordo com a FNP.

Preços na Agrobrazil

Negócios informados no app da Agrobrazil, mostraram que os animais negociados parecem ter atingindo um novo patamar de preços, principalmente para animais com destino ao mercado de exportação.

Foi nessa atoada que a arroba em São Paulo, atingiu um novo recorde para o período e chegou a R$ 215. Segundo informações no app, os negócios ficaram da seguinte forma: Realizada em Araçatuba, pecuarista vendeu seu lote, de mais de 50 animais, por R$ 215 a arroba, com pagamento à vista e abate para o dia 16 de junho.

No mercado interno o boi gordo em Tacuru/MS, ficou cotado em R$ 192 à vista e abate para o dia 16 de junho. Em Teodoro Sampaio/SP, o valor foi de R$ 210/@ à vista e abate para o dia 12 de junho. Em Cezarina/GO, o valor foi de R$ 195/@ com prazo de 30 dias e abate para o dia 12 de junho.

Giro por outras praças

No Mato Grosso, as cotações também subiram nesta quarta-feira, influenciadas pela baixa oferta de animais terminados no mercado e, consequentemente, a dificuldade das indústrias em cumprir as programações de abate.

No Tocantins, o regime regular de chuvas tem mantido os pastos em boa qualidade e os pecuaristas conseguem especular valores mais elevados pela arroba da boiada gorda a partir da retenção dos animais.

Em Goiás, os negócios de gado para abate foram efetivados a valores mais elevados nesta quarta-feira, também em função da oferta restrita de animais prontos, segundo a FNP.

No Paraná, as indústrias exportadoras continuam com atuação ativa nos negócios e a arroba do boi gordo novamente se valorizou, repetindo o movimento registrado na terça-feira.

No Rio Grande do Sul, os preços do gado para abate também subiram. A forte estiagem que atingiu o Estado sulista no início deste ano diminuiu os plantéis de bovinos ao longo deste primeiro semestre. Com o rebanho reduzido, relata a FNP, o mercado de boi gordo do RS tem emplacado forte pressão altista nas cotações.

Compre Rural com informações do FNP, Agrobrazil e Portal DBO

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