“Isso é carcaça de SINDI!” é com essa afirmação que você ficará impressionado com a qualidade das carcaças produzidas pela raça
O Sindi OT do criador Angelo Mário Tibery da Fazenda São João em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul realizou um abate de 10 garrotes puros de origem (PO) da raça Sindi. Os animais foram descartados pois não se classificaram para o programa de melhoramento genético da raça que é promovido pelo criatório. Os dados e imagens impressionam e destacam a qualidade da carcaça e funcionalidade da raça Sindi na produção de carne.
O Sindi é uma das raças zebuínas que mais cresceram nos últimos 10 anos – As vantagens zootécnicas e produtivas da raça Sindi já são conhecidas por pecuaristas de todo o Brasil e por criadores de muitos países estrangeiros. Ao longo dos anos, a raça Sindi vem evoluindo e conquistando mais criadores. A vitrine maior do zebu – Expozebu – comprova a solidez do crescimento exponencial do número de criadores, conferindo ao gado vermelho o reconhecimento de ser uma das raças mais promissoras e consolidadas da bovinocultura mundial.
Foram abatidos 10 garrotes Sindi P.O (descarte do plantel) com uma média de 25 meses e 536kg de peso vivo (305kg de peso morto), tendo um rendimento final de 57%, todos entre 2/3 na avaliação do acabamento de gordura, confira os dados completos do romaneio:
- 102 dias de confinamento;
- Idade média de 25 meses;
- 536kg de peso vivo (305kg de peso morto) – 20,3 arrobas;
- Rendimento final de carcaça 57%;
- Avaliação do acabamento de gordura 2/3.
Segundo Angelo os animais receberam bonificação pelo acabamento de gordura associada a cronologia dentária – bonificação de novilho precoce do Mato Grosso do Sul.
Apesar de ser um abate de animais de descarte, o lote apresentou um excelente resultado, com uma performance de excelência. O rendimento de carcaça ficou dentro da expectativa e ainda acima do observado para a maioria dos animais da mesma categoria e de outros padrões raciais, demonstrando assim, que animais da raça Sindi, além de sua bela aparência, também são excelentes produtores de carne, e apresentam uma ótima eficiência alimentar.
“Os animais também eram precoces, o que enquadraria o lote na maioria das bonificações existentes hoje no mercado, as quais tem grande exigência sobre a maturidade e sobre o acabamento de gordura, onde os amimais também apresentaram excelência na deposição de gordura subcutânea, formando assim carcaças jovens, pesadas e com uma boa cobertura de gordura.” – nos relatou a zootecnista e sócia proprietária da Pró Arroba, empresa de Consultoria em Abates, Lawrene Antunes.
Raça Sindi está crescendo no país
Segundo dados obtidos junto à Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), a raça Sindi representa menos de 1% das vendas brasileiras de sêmen bovino. Entre janeiro e setembro de 2021, totalizou 73.676 doses. Mas é um volume que aumenta ano a ano e vem atraindo uma base de clientes cada vez maior. “Uma das razões do interesse pelo Sindi é a característica de coringa da raça: sua dupla aptidão permite que ela seja usada tanto para o corte quanto para o leite”, explica Antônio Garcia, gerente de produto Leite Tropical da CRV.
Outro fator que começa a atrair pecuaristas é que ela é a raça bovina de maior adaptabilidade ao clima tropical brasileiro, principalmente em regiões mais secas, como o Nordeste. “A raça vem de uma região muito quente e escassa de comida, o Paquistão. Assim, quando submetida a um bom manuseio, com acesso à alimentação correta, os animais respondem muito bem em qualidade de casco, qualidade da carne, qualidade do leite e alto rendimento de carcaça”, explica ele.
Animal de bela pelagem marrom avermelhada, esses animais apresentam porte médio-pequeno, mas oferecem uma conversão alimentar muito forte. Ou seja, comem menos e convertem mais, melhorando o retorno do investimento do produtor, seja no corte, seja no leite. “A CRV comercializa muitas doses de Sindi. Temos reforçado nossa bateria com touros cada vez melhores, sempre buscando nos principais criatórios do Brasil, no sentido de fortalecer nosso portfólio com os touros, tanto para corte, quanto para leite”, garante.
Confira mais algumas fotos do abate:
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