Cotações futuras finalizam a sessão desta 5ª feira com novas quedas na B3; No mercado físico, a falta de animais para abate é o principal fator de sustentação nos preços.
Os preços futuros para o boi gordo seguem operando com volatilidade nesta quinta-feira (02), na qual encerrou com quedas de 0,30% a 0,79% nos principais contratos negociados na Bolsa Brasileira (B3). O vencimento Julho/20 encerrou a sessão com recuo de 0,60% e cotado a R$ 217,00/@.
O contrato Agosto/20 terminou o dia precificado a R$ 213,10/@ e com uma perda de 0,79%, enquanto, o Outubro/20 teve uma desvalorização de 0,30% e fechou o dia negociado a R$ 213,00/@.
No mercado físico, os participantes do aplicativo da AgroBrazil informaram negócios em Palmeira D’Oeste/SP para o boi comum de R$ 220,00/@, à vista com data para o abate em 14 de julho. Já o animal com padrão exportação foi comercializado em Bauru/SP por R$ 225,00/@, à vista com data para o abate em 07 de julho.
Em seu boletim diário, a Radar Investimentos reportou que a disputa por boiadas prontas segue firme no mercado físico paulista. Com isto, a escalada de preços é freqüente e os preços de balcão ao redor de R$218-R$220/@, à vista, são comuns.
Arroba do boi sobe R$ 3 e vai a R$ 214 em Minas Gerais, aponta Safras
A China segue importando volumes expressivos de proteína animal, visando preencher a lacuna de oferta provocada pela peste suína africana (PSA).
No mercado doméstico há algum otimismo com o relaxamento da quarentena na grande São Paulo, principal centro consumidor de carne bovina do Brasil. No entanto, em outros estados houve necessidade de reavaliar as medidas de reabertura, a exemplo do Paraná, Goiás e Distrito Federal.
Preços:
- Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista continuaram em R$ 218 por arroba.
- Em Uberaba (MG), passaram de R$ 211 para R$ 214 por arroba.
- Já em Dourados (MS), subiram de R$ 210 para R$ 211.
- Em Goiânia (GO), foram de R$ 210 para R$ 211.
- Por fim, em Cuiabá (MT), subiram de R$ 196 para R$ 197.
Segundo as informações do Cepea, o preço médio da arroba da carne bovina negociada no atacado da Grande São Paulo seguiu superior ao do animal para abate, contexto que vem sendo verificado, em termos gerais, desde o encerramento de 2016. “Isso evidencia que o ritmo de alta dos preços do boi está acima do observado para a carcaça, o que, por sua vez, pode estar atrelado ao recente enfraquecimento da demanda brasileira pela carne, diante do menor poder de compra da população”, destacou.
Em entrevista, o pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, destacou que as suspensões temporárias da China aos frigoríficos brasileiros é uma medida para evitar novos surtos da doença no País. “Os chineses tem essa precaução de ter uma nova onda de casos por coronavírus e estão tomando todas as medidas para evitar. Porém, a China tem uma dependência muito grande da nossa carne”, destaca.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a perspectiva para os próximos dias é de novas altas nos preços, com a entrada da massa salarial na economia impulsionando o consumo e acelerando a reposição entre o atacado e o varejo. Ao mesmo tempo, as exportações continuam sendo o grande diferencial para o setor, enxugando e equilibrando a oferta
A ponta de agulha ficou em R$ 11,90 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 12,56 o quilo, e o corte traseiro permaneceu em R$ 14 por quilo.