Segundo levantamento realizado, o macho anelorado “comum” teve acréscimo de R$ 5/@ nas praças do interior paulista; Arroba tem negociações a R$ 295,00. Confira!
O mercado físico do boi gordo voltou a operar com preços mais altos nas principais regiões de produção e comercialização nesta terça-feira (7). O macho anelorado “comum” teve acréscimo de R$ 5/@ nas praças do interior paulista. Já no Centro Norte do país, após semanas de pressão, o mercado começou a esboçar reação, também em função do encurtamento das escalas de abate.
As escalas de abate estão mais curtas, em especial na Região Sudeste, enquanto animais padrão China ainda são negociados com ágio significativo na comparação a animais destinados ao mercado doméstico.
Já no Centro-Norte do país, após semanas de pressão, o mercado começou a esboçar reação, também em função do encurtamento das escalas de abate, justificando uma atuação mais agressiva dos frigoríficos que atuam na região na compra de gado.
“A primeira quinzena do mês também tem um papel importante na mudança de dinâmica de mercado, com a alta dos preços da carne bovina no atacado melhorando a conta também para os pecuaristas ”, de acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
Dados apurados pela Scot Consultoria, o macho anelorado “comum” teve acréscimo de R$ 5/@ no dia de hoje, em São Paulo, chegando a R$ 280/@, pagamento no prazo, valor bruto. Por sua vez, a vaca e novilha gordas registraram alta diária de R$ 2/@, ficando em R$ 261/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
O “boi-China” (abatido mais jovem, com idade até 30 meses) segue cotado em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo, base SP). “Negócios com preços acima dessa referência foram realizados”, afirma a Scot, referindo-se aos animais com padrão exportação-China.
O app da Agrobrazil, parceira do Compre Rural, confirma as informações acima, conforme a imagem abaixo. A negociação foi registrada ontem, dia 07, com animais alcançando o valor de R$ 295,00/@ com o prazo de sete dias para pagamento e abate programado para o dia 17 de fevereiro. Baixe agora o app e acompanhe o mercado em tempo real, informação é tudo em uma negociação!
Já o Indicador do Boi Gordo do Cepea, apontou uma variação negativa mensal de 0,19%, recuando os valores médios para a praça paulista, cotados à R$ 289,25/@. Cabe ressaltar que, o valor do Cepea é composto tanto por animais padrão exportação quanto aqueles destinados ao mercado interno, sem diferenciação na composição da média.
Exportações do Brasil devem ultrapassar a marca de 3 milhões/t
Considerado o maior exportador de carne bovina do planeta, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil fechou o ano de 2022 em alta nesse mercado.
Segundo dados atualizados da Abiec, as exportações de carne bovina brasileira subiram 40,8% entre janeiro e dezembro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo a associação, o volume embarcado acumulado do ano chegou a 2,3 milhões de toneladas, sendo 22,6% maior do que o volume registrado em 2021: 1,8 milhão de toneladas. A projeção é de que as exportações ultrapassem a marca de três milhões de toneladas entre 2025 e 2030.
Giro do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país:
- Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 292.
- Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 297.
- Em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 259.
- Em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 247.
- Em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 270.
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Boi: mercado atacadista
A carne bovina voltou a ter alta no atacado. De acordo com Iglesias, o movimento ocorre em linha com a entrada dos salários na economia, o que acelera a reposição entre atacado e varejo.
“O limitador para altas mais consistentes ainda é a situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, que ainda tem sobreoferta neste primeiro trimestre”, destaca o comentarista. Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 15 por quilo. Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 15,55. Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 20 por quilo.
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