Com o novo valor para o kg do boi casado, de R$ 15,70, frigoríficos tem margem para bancar novas altas. Próxima meta é R$235,00/@
No estado de São Paulo está ocorrendo negócios para o boi gordo que atende o padrão exportação em R$ 230,00/@, à vista. Com a carne no atacado valorizada, a tendência é que os preços para o boi gordo continuem avançando nos próximos dias já que as indústrias estão repassando as valorizações dos preços do boi ao consumidor.
Segundo o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, algumas ofertas aconteceram na última quarta-feira nos patamares de R$ 227,00/@ a R$ 230,00/@ para receber no próximo ano. “Nesta manhã, os participantes começaram a informar no aplicativo negócios de R$ 230,00/@, à vista e agora esse valor já referência”, comenta.
Novas máximas de preços também estão acontecendo em outras localidades, como no caso de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Pelo o aplicativo AgroBrazil, foram informados negócios no município de Guararapes/SP a R$ 233,00/@, à prazo com oito dias e data para o abate programa em 28 de novembro.
No aplicativo Agrobrazil, os participantes relataram negócios em Paranaíba/MS a R$ 200,00/@, à vista com data para o abate em 28 de novembro. Na região de Goiás, os preços em Anápolis estão ao redor de R$ 200,00/@, à vista e com data para o abate no dia 25 de novembro.
No caso do atacado, a média para o estado de São Paulo está precificado em R$ 15,70/kg para o boi casado, isso mostra que as indústrias estão conseguindo repassar as valorizações dos preços do boi para o consumidor. “Nós temos um boi casado que equivale a uma arroba de R$ 235,50/@ e historicamente o boi casado é abaixo de 5% a 6% abaixo, mas estamos vendo sucessivas altas e tem chance de continuar subindo”, relata.
Com relação à oferta de animais, o analista destaca que o fluxo de saída do confinamento vai proporcionar uma organização a partir do final de dezembro e janeiro. “Como o número de animais que tem para sair é pequeno ainda vai adiantar a safra das águas, que sairia em maio, mas esse problema de oferta restrita vai se repetir novamente”, relata Junqueira.
O analista ainda salienta que os pecuaristas devem ficar atentos as negociações, pois os preços podem mudar a cada dia. “Minha dica para o produtor é ter muita cautela e tentar fazer no dia o melhor negócio e sem fazer muito alarde”, finaliza.
Adaptado de Notícias Agrícolas