Para botar as mãos em grandes lotes, frigorífico só têm uma saída: pagar mais; A oferta restrita de animais terminados e o avanço das exportações criam ambiente de alta no mercado interno.
Nesta terça-feira, 21 de julho, os preços do boi gordo voltaram a registrar avanços em algumas praças pecuárias brasileiras, sustentados pela oferta reduzida de animais e pelo crescimento das exportações de carne bovina.
“Com os bons resultados das vendas externas de carne bovina, frigoríficos habilitados atuaram de forma mais ativa na procura por gado”, informa a IHS Markit. A baixa oferta de boiadas, porém, dificulta a compra de matéria prima, emplacando pressão altista na arroba, acrescenta a consultoria paulista.
Nas praças que não registraram reajustes positivos, as cotações dos animais terminados permaneceram firmes hoje, mesmo com a irregularidade do consumo doméstico de proteínas.
Nas principais praças pecuárias do País, as escalas de abate atendem, em média, uma semana, e negócios envolvendo grandes lotes são realizados pontualmente, mediante elevação das cotações oferecidas, ressalta a IHS Markit.
Segundo a consultoria, nos grandes centros urbanos brasileiros, o escoamento dos cortes bovinos para os atacados segue lento, prejudicando a operação e as margens de indústrias que atendem apenas ao mercado interno. Na comparação semanal, o equivalente de carcaça registra queda de 3%.
Fechamento na Agrobrazil
O fechamento do indicador do Cepea fechou com grande alta, valendo R$ 221,15/@. No app da Agrobrazil, a média pra a praça de São Paulo ficou em R$ 223,42/@, com preços variando de R$ 220 a R$ 225.
No mercado interno, em Batayporã/MS, o preço informado, para novilha gorda, foi de R$ 210/@ à vista e abate para o dia 23 de julho. Em Indiaporã/SP, o preço informado foi de R$ 223/@ à vista e abate para o dia 28 de julho.
O boi padrão exportação, em Novo Horizonte/SP, o preço informado foi de R$ 225 à vista e abate para a data de 04 de agosto.
Uma nova máxima para o preço da arroba em Mato Grosso do Sul, foi registrada ontem em Inocência, onde o preço negociado no mercado interno chegou ao R$ 215/@ com pagamento à vista e abate para o dia 27 de julho.
Giro pelas praças
No Estado de São Paulo, o valor do boi gordo segue estável, a R$ 223/@ (valor máximo, a prazo), de acordo com a IHS Markit.
Nos Estados da região Norte, os preços subiram nesta terça-feira no Pará e Tocantins. Nas duas regiões, os pecuaristas dispõem de pastagens regulares e conseguem reter o gado para especular valores mais atrativos pela arroba.
No Nordeste, houve registro de altas no Maranhão e na Bahia. O ritmo de negócios, no entanto, foi baixo. Indústrias limitam novas aquisições de boiada na tentativa de equilibrar as suas margens entre os altos patamares praticados na matéria prima e o preço de venda das carnes nos atacados, informa a consultoria.
- Yara anuncia vencedores do Concurso NossoCafé 2024
- Estudo apresenta 5 recomendações globais para o Brasil cortar emissões
- Atenção: pecuaristas devem atualizar cadastro de rebanhos na Iagro até o dia 30 de novembro
- Florestas restauradas aumentam produtividade de soja em até 10 sacas por hectare
- Carne bovina se destaca como aliada na prevenção de doenças, apontam estudos
No Mato Grosso, a arroba do boi também se valorizou nesta terça-feira. O fluxo de compras se concentra em animais que atendem aos requisitos internacionais.
Em Minas Gerais, poucos negócios foram efetivados a valores mais altos. A baixa disponibilidade de gado para abate promove forte pressão altista na arroba e as indústrias pagam preços mais elevados pelos animais para conseguir cumprir com os compromissos de abate. A instabilidade no escoamento dos cortes, porém, tem diminuído o fluxo de novas aquisições.
No Rio de Janeiro, as cotações do boi gordo também subiram nesta terça-feira.
Compre Rural com informações da Agrobrazil, DBO e FNP