Boi gordo volta a ser negociado abaixo de R$ 200 em algumas regiões do país

Indústrias frigoríficas estão com escoamento doméstico enfraquecido e as escalas confortáveis, o que possibilita pressionar as cotações do boi gordo para baixo

O boi gordo começou a sentir a pressão baixista de maneira mais intensa, com o escoamento doméstico enfraquecido e as escalas das indústrias confortáveis, os pecuaristas apesar de tentarem segurar o máximo possível, agora começam a ceder. Em Rondônia, a desvalorização da arroba é de 2,1%, no comparativo semanal, com o boi gordo precificado a R$ 198,80/@, a menor cotação das principais praças pecuárias monitoradas. Na B3, o cenário de “gangorra” persiste, o vencimento para mai/24 está no menor preço desde final de out/23, com recuo de 0,60% na comparação diária, ficando cotado a R$ 233,75/@.

Para o mercado de carne com osso, a semana está bastante desafiadora por conta das chuvas constantes que tem impactado as atividades comerciais e considerando que em São Paulo, na quarta-feira (25) é feriado há suspensão da distribuições de carnes, que por um lado, pode até influenciar positivamente o preço do boi castrado, que atualmente está cotado a R$ 15,50/kg. Por outro lado, a baixa demanda pelos demais produtos, aliada à sobreoferta de vaca, novilha e dianteiro, sugere que os preços permanecerão estáveis.

Em São Paulo, uma das principais praças do país, a arroba do boi gordo está cotada em R$ 240,00, a da vaca gorda em R$ 215,00 e a da novilha gorda em R$ 237,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$245,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@.

Segundo a Agrifatto, a indústria continua com escalas confortáveis, o que permite pressionar as cotações para baixo. “Os pecuaristas apesar de tentarem segurar o máximo possível, agora começam a ceder”, diz a empresa, em nota.

porto com navio atracado carregando containes
Foto: Divulgação / Wilson Sons

Como estão as exportações de carne bovina?

Até a terceira semana de janeiro de 2024, o Brasil exportou 123,02 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A média diária de exportação em janeiro de 2024 foi de aproximadamente 8,7 mil toneladas, um aumento de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2023, que teve média de 7,2 mil toneladas.

Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, destacou que, apesar do bom ritmo das exportações em janeiro, os preços da carne bovina brasileira são motivo de preocupação. “Isso vai afetar nossa receita e o Brasil precisa agregar valor ao produto para conseguir preços melhores“, afirmou.

O preço médio da carne bovina na terceira semana de janeiro de 2024 foi de US$ 4,509 por tonelada, uma queda de 6,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando o preço médio foi de US$ 4,842 por tonelada.

safra de milho
Foto: Divulgação

Preço do milho – O mercado doméstico aos poucos vai retomando atividade compradora diante da resistência de vendedores abaixarem mais os preços, levando a saca de milho em Campinas/SP a indicar um fundo de preços na casa dos R$62,50/sc. Após a sequência de quedas diárias, os futuros de milho chegaram a registrar altas superiores a 2% nesta terça-feira na B3, apresentando correções técnicas de alta com os participantes monitorando as condições de clima tanto para a colheita da safra de verão, quanto para o plantio do milho 2ª safra.

quebra de safra de soja
Foto: Divulgação

Preço da soja – Acompanhando a movimentação de alta dos futuros em Chicago, a soja foi comercializada na média de R$ 123,00/sc no mercado físico de Paranaguá/PR, com leves valorizações também registradas no interior do país.

Com informações da Consultoria Agrifatto

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