A queda de braço entre frigoríficos e pecuaristas continua para os preços da arroba do boi gordo; confira os preços praticados nas principais praças do país
O mercado físico do boi gordo enfrentou tentativas de compra a preços mais baixos, especialmente na Região Norte e em Goiás. Em contrapartida, em Mato Grosso, os negócios foram fechados acima da média, segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado. A entrada dos salários na economia no início do próximo mês pode elevar a demanda das indústrias e impulsionar os preços da arroba, segundo o especialista.
No mercado físico do boi gordo a “queda de braço” entre os produtores e frigoríficos ganhou tom mais negativo em todas as regiões monitoradas. O maior recuo, de 1,14%, foi registrado em São Paulo, onde o boi gordo fechou o dia precificado a R$ 326,52/@.
Mercado futuro – Já na B3 o clima foi menos extremo, onde o contrato com vencimento em abr/25 foi o que mais expandiu hoje (+ 0,77%) ficando cotado a R$ 321,75/@ e o vencimento de mar/25 ocupou o maior declínio do dia (-0,14%), ficando cotado a R$ 321,75/@ também.
No cenário internacional, hoje se inicia o Ano Novo Lunar Chinês, com celebrações até 04/02/25, o que causou o recesso dos importadores e deixou o mercado quase parado. Em 2024, o Mercosul foi o principal exportador de carne bovina para a China, enviando 2,18 milhões de toneladas.
Contudo, as festividades podem estar impactando as exportações brasileiras, que caíram 33,99% na terceira semana de jan/25, o pior desempenho desde abr/23. Com isto, os exportadores aguardam a segunda quinzena de fev/25 para analisar o consumo e os estoques na China e ajustar suas ações no mercado.
Preços médios da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 331,58
- Goiás: R$ 314,64
- Minas Gerais: R$ 320,29
- Mato Grosso do Sul: R$ 323,52
- Mato Grosso: R$ 320,42
O dólar comercial encerrou em queda de 0,01%, sendo negociado a R$ 5,8671 para venda e a R$ 5,8651 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,8431 e a máxima de R$ 5,8881.
Copom eleva taxa Selic para 13,25% ao ano
A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de dezembro.
Essa foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.
Com informações de Agrifatto e Safras & Mercado
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