No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo iniciaram a semana em alta. O contrato com vencimento em maio/24 fechou a R$ 225,75/@, marcando um aumento de 0,42% em relação ao dia anterior. A expectativa é de que esses fatores continuem influenciando os preços no curto prazo; veja mais
Nesta terça-feira (21), o mercado físico do boi gordo apresentou uma tendência de queda nos preços, reflexo de uma oferta elevada de animais e das condições climáticas desfavoráveis. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, esse cenário deve persistir no curto prazo.
Chuvas esparsas no Centro-Norte e Sudeste do Brasil têm dificultado a retenção dos animais no pasto, forçando os pecuaristas a aumentarem a oferta para abate. Com isso, os frigoríficos encontram pouca dificuldade para compor suas escalas, pressionando ainda mais os preços.
“Os efeitos do outono estão evidentes, com o clima seco, redução das chuvas e queda da temperatura, fazendo com que a qualidade das pastagens caia, reduzindo a capacidade nutritiva”, relata a Scot Consultoria. “A oferta de bovinos para o abate aumentou, favorecendo a composição e manutenção das escalas, que estão, em média, em 10 dias úteis na praça paulista”, acrescenta.
Segundo a Agrifatto, desde o início da semana passada, o mercado interno de carne bovina, de modo geral, vem enfrentando um cenário desafiador, caracterizado por vendas fracas, tanto no varejo quanto nas distribuições do atacado, refletindo em baixa demanda pela proteína (com e sem ossos). Nessa situação, diz a consultoria, existe uma quantidade elevada de mercadoria parada nos distribuidores, sem previsão de descarga.
“Muitos frigoríficos estão embarcando carne sem destino definido e sem venda programada, com o intuito de liberar espaço nas câmaras frias”, observam os analistas da Agrifatto. Tais fatores, continua a consultoria, agravam ainda mais a situação do mercado, criando um desequilibro no setor pecuário, marcado pelo excesso de produtos estocados e um escoamento inexpressivo.
Preço do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$222,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de catorze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de catorze dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de quinze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de quinze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$205,00. Média de R$200,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;
Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias;
Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Paraná — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de onze dias.
No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo iniciaram a semana em alta. O contrato com vencimento em maio/24 fechou a R$ 225,75/@, marcando um aumento de 0,42% em relação ao dia anterior. A expectativa é de que esses fatores continuem influenciando os preços no curto prazo, enquanto o desempenho positivo das exportações oferece algum alívio para os pecuaristas.
Mercado atacadista
No mercado atacadista, os preços da carne bovina também começaram a semana em baixa. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,30 por quilo, o quarto dianteiro a R$ 13,25 e a ponta de agulha a R$ 13,00 por quilo. Iglesias aponta que os altos estoques nos frigoríficos, combinados com a diminuição do consumo na segunda quinzena do mês, são fatores que têm pressionado os preços.
Exportações
Apesar do desequilíbrio no mercado interno, as exportações de carne bovina tiveram um desempenho positivo, com um aumento significativo nos embarques na segunda semana de maio. Caso o ritmo se mantenha, espera-se atingir um recorde de 200 mil toneladas exportadas no mês de maio.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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