Os preços do boi gordo voltaram a subir em importantes praças, confira o mercado pelo Brasil na matéria; Frigoríficos disputam a pouca oferta existente no mercado!
O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos em importantes praças pecuárias pelo país, nesta segunda-feira (27). Segundo o levantamento realizado, os preços continuam a apresentar valorizações diárias, e a semana iniciou com negociações acima da referência média em grande parte do país. Confira no conteúdo abaixo, como se comportou esse mercado e, claro, o que esperar dos preços para o dia de hoje!
Um dos principais pontos de sustentação, a lacuna na oferta de animais, vem ditando o preço do mercado, já que as indústrias não conseguem preencher de forma tranquila as suas escalas de abate. Além disso, os animais que atendem o padrão exportação, são ainda mais disputados neste momento.
Em São Paulo, a semana abriu com grande parte dos compradores ativos, o que não é comum para uma segunda-feira. Além dessa maior demanda compradora, as indústrias já iniciaram a semana ofertando quase R$5,00/@ a mais para todas as categorias de bovinos destinados ao abate.
Segundo os dados do Indicador do Boi Gordo CEPEA, o mercado trouxe uma grande valorização no fechamento dessa segunda-feira, acumulando alta de 1,51% no comparativo mensal. Com isso, o impacto da relação oferta x demanda, fez os preços saltarem de R$ 322,90/@ para o patamar de R$ 326,25/@, ou seja, uma alta diária de R$ 5,00/@. O preço da arroba em dólar está sendo negociada a US$ 62,40/@.
Com isso, a vaca e novilha são negociados, respectivamente, por R$282,00/@ e R$302,00/@, preços brutos e a prazo, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário sobre o mercado do boi gordo. Outro ponto importante que foi colocado pela consultoria, foi em Redenção – PA, onde a dificuldade em encontrar a matéria-prima resultou em alta de R$2,00/@ para a novilha gorda e de R$1,00/@ para o boi gordo e para a vaca gorda.
Para bovinos que atendem ao padrão exportação – animais de até quatro dentes – a procura ´ainda maior no mercado onde existem plantas habilitadas para o mercado Chinês. Com isso, ocorrem negócios pontuais de R$328,00/@, mas a referência de R$320,00/@ segue valendo. A negociação de Morro Agudo/SP, foi concretizada no valor de R$ 330,00/@ com o pagamento à vista e abate para o dia 06 de julho, segundo o app da Agrobrazil.
A oferta de animais de safra está em seu limiar, enquanto o primeiro giro de confinamento foi limitado pela estrutura de custos inflacionada durante o primeiro trimestre. Assim, animais padrão China permanecem muito demandados no mercado, carregando ágio de R$ 20 a R$ 30 em relação a animais destinados ao mercado interno, conforme apontando acima.
Segundo a Agrifatto, no mercado futuro do boi gordo, na B3 o movimento foi de desvalorização, o futuro com vencimento para jun/22 encerrou o dia cotado a R$ 324,00/@, com uma variação de -0,40%.
“Basicamente, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, atendendo em torno de cinco dias úteis. O volume de animais ofertados permanece restrito, o que já era aguardado no período de transição entre a safra e a entressafra do boi gordo”, apontou Iglesias da Agência Safras.
Aumenta a competitividade da carne brasileira
A desvalorização do real frente ao dólar vem elevando a competitividade da carne brasileira no mercado internacional, destaca a IHS, acrescentando que os embarques em ritmo forte continuarão contribuindo para a sustentação dos preços do boi gordo no mercado interno.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- São Paulo ficou em R$ 326 na modalidade a prazo.
- Dourados (MS), a arroba foi indicada a R$ 299.
- Cuiabá (MT), ficou em R$ 287,00.
- Uberaba (MG) foi cotada a R$ 310;
- Goiânia (GO) chegou a R$ 305.
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Atacado, segundo Agência Safras.
O mercado atacadista também apresentou alta em seus preços. O ambiente de negócios ainda sugere por maior espaço para reajustes. O padrão de consumo definido para 2022 aponta para a preferência por proteínas mais acessíveis, que causem menor impacto na renda média, como carne de frango e ovo.
Nesta segunda, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 17,55 o quilo, alta de R$ 0,35. A ponta de agulha foi precificada a R$ 17,10 por quilo, alta de R$ 0,10. O quarto traseiro atingiu o patamar de R$ 17,55 por quilo, alta de R$ 0,35.