Indústria vê as escalas de abate reduzindo e pecuarista resistindo; Exportações brasileiras de carne bovina apresenta forte desempenho e garante preço de R$ 350,00/@.
O mercado físico de boi gordo registrou preços firmes e mais altos nesta quinta-feira, 10, com frigoríficos vendo as escalas de abate reduzindo e pecuarista resistindo. Indústria vê as escalas de abate reduzindo e pecuarista resistindo. Exportações brasileiras de carne bovina apresenta forte desempenho e garante preço de R$ 350,00/@. O momento é de retenção de animais, diante da boa oferta de pastagem nas propriedades.
Como de costume, houve tentativas de compra abaixo da referência média, principalmente por parte dos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico, mas o cenário é positivo para o pecuarista que tem opção de reter os animais na propriedade e pressionar as cotações. Com isso, foram reportadas alta de R$ 2,00/@ nas praças paulistas, confira abaixo!
Após uma virada de mês com ofertas relativamente boas na praça paulista, nesta semana, devido à oferta mais enxuta comparativamente, as escalas de abate ficaram um pouco mais curtas, cenário sustentado pela resistência da ponta vendedora nas negociações. Com isso, houve alta de R$2,00/@ para o boi e novilha gordos na comparação feita dia a dia, enquanto a cotação da vaca ficou estável.
Boiadas cujo destino é a exportação os preços seguem firmes e disputados a R$ 350,00/@, conforme divulgado pelo app da Agrobrazil. Os pecuaristas de Rancharia, no estado paulista, informaram negociações de R$ 350,00/@ com pagamento a prazo de 7 dias e o abate programado para o dia 17 de fevereiro. Veja a imagem abaixo com os detalhes da negociação.
Sendo assim, em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 345,22/@, na quinta-feira (10/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 310,74/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 315,21@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 313,24@.
Segundo o fechamento de ontem, o Indicador CEPEA/B3, mercado paulista, teve nova valorização, mesmo que tímida. Com isso, a variação diária foi de 0,31%, o que fez com que os preços saltassem de R$ 341,05/@ para o patamar de R$ 342,10/@. Confira o gráfico abaixo, e veja o movimento de montanha russa que o Indicador vem apresentando nesta semana.
“Enquanto a oferta de boi gordo continua restrita, a demanda por animais que serão destinados à exportação se mantém aquecida, causando um maior diferencial entre o boi-China, que é vendido no mercado paulista na média dos R$ 345-350/@, e o boi gordo comum que é negociado na casa dos R$ 330/@”, informa a Agrifatto.
Os preços seguem pressionados pois ainda é grande a dificuldade em repassar o avanço dos custos da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva, principalmente em relação ao preço da carne bovina. Para os frigoríficos exportadores a formação de receitas é muito positiva no momento, justificando as negociações em patamar mais alto.
Essa dinâmica será bastante evidente no decorrer do ano. Sob a ótica da oferta, poucas são as novidades, com os pecuaristas ainda contando com boa capacidade de retenção diante das boas condições das pastagens, e essa retenção de animais pode ser fundamental para manutenção dos preços atuais e, até mesmo, uma pressão positiva no curto e médio prazo.
Fechamento de indústrias em MS
A dificuldade de compra da matéria-prima já forçou o fechamento de frigoríficos de menor porte, e retirou momentaneamente de operações frigoríficos maiores, informa a IHS Markit.
Plantas frigoríficas no Mato Grosso do Sul também seguem ausentes de operações, sobretudo aquelas que direcionam a sua produção ao mercado doméstico, relata a consultoria. “Grupos de indústrias da região do MS concentram as operações apenas em unidades que operam com escalas maiores, e retiram as demais de operação”, observam os analistas.
Abate de bovinos recua nas duas comparações
No 4º trimestre de 2021, foram abatidas 6,77 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade representou variações negativas de 8,2% em comparação com o 4o trimestre de 2020 e de 2,5% em relação ao 3o trimestre de 2021.
A produção de 1,87 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 4o trimestre de 2021 consistiu em retração de 5,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e redução de 0,8% em relação ao apurado no 3o trimestre de 2021.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 343, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 313 – 314.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 340 por arroba, estáveis.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 317 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
O mercado atacadista voltou a operar com preços acomodados para a carne bovina nesta quinta-feira. “Para a segunda quinzena do mês a expectativa é de mercado menos aquecido com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. O padrão de consumo ainda aponta pela preferência de proteínas”, disse Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,70, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 14,30, por quilo. Quarto dianteiro permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.
Dados do Cepea mostram que, diante disso, a diferença entre os valores médios da arroba do boi gordo para abate e da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo vem se ampliando desde novembro do ano passado. Agora em fevereiro, a diferença já é a maior desde julho de 2016. Na parcial deste mês (até o dia 8), enquanto o valor médio à vista da arroba do boi gordo (Indicador CEPEA/B3, estado de São Paulo) está em R$ 336,03, o da carcaça casada do boi (Grande São Paulo) está em R$ 317,40, ou seja, diferença de 18,63 Reais/@.