“Exportações em ótimo nível e desvalorização cambial são dois aspectos fundamentais para que haja continuidade do movimento de recuperação dos preços da arroba ao longo do mês de julho”, diz analista; Confira análise e cotações
O mercado físico do boi gordo tem registrado negociações acima das médias de referência, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Em Mato Grosso do Sul, as escalas de abate estão apertando, sugerindo uma possível recuperação dos preços da arroba nos próximos dias. Na Região Norte, o cenário é distinto, com frigoríficos bem escalados e exercendo pressão sobre o mercado devido à oferta ainda relevante de boiadas.
Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, destaca que a continuidade do movimento de recuperação dos preços da arroba ao longo de julho é sustentada pelo bom desempenho das exportações e pela desvalorização cambial. “Exportações em ótimo nível e desvalorização cambial são dois aspectos fundamentais para que haja continuidade do movimento de recuperação dos preços da arroba ao longo do mês de julho”, diz o analista.
Segundo a Scot Consultoria, os preços da vaca e da novilha gordas subiram R$ 3/@ e R$ 2/@ no mercado de São Paulo, respectivamente, para R$ 195/@ e R$ 212/@ no prazo, acrescentando que, na mesma praça, os valores do boi gordo “comum” e do “boi-China” permaneceram estáveis, em 217/@ e R$ 222/@ (mantendo, portanto, um ágio entre eles de R$ 5/@).
“Pelo terceiro dia consecutivo, os preços do boi gordo ficaram estabilizados em todas as 17 regiões produtoras monitoradas”, ressalta a Agrifatto, ainda referindo-se ao comportamento do mercado durante o primeiro dia desta semana. Por sua vez, as escalas das indústrias brasileiras continuaram atendendo 12 abates, na média nacional, segundo dados da consultoria.
Os analistas relembram que, desde a segunda quinzena de maio/24, havia um alerta de que, por conta da diminuição na disponibilidade de animais em terminação no início da entressafra, as escalas poderiam encurtar de 16 dias úteis para aproximadamente 10-11 abates no começo de julho/24. “Essa projeção está se confirmando”, ressaltam os analistas, acrescentando: “Os preços do boi gordo, que aparentemente tinham atingido um mínimo, indicam agora uma perspectiva de leve recuperação da arroba em curto prazo”.
O indicador do boi gordo CEPEA/B3 fechou o dia 25/06/2024 com o valor de R$ 225,40, uma variação negativa de 0,11% no dia, mas uma alta de 1,92% no mês, reforçando a tendência de recuperação do mercado.
Preços do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$218,00 a arroba. O “boi China”, R$228,00. Média de R$223,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias; Mato
Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias;
Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;
Paraná — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate e nove dias.
Mercado atacadista
O mercado atacadista de carne bovina está otimista com a entrada dos salários na economia, o que deve estimular a reposição entre atacado e varejo. Em junho, os preços lateralizados favoreceram a competitividade da carne bovina em relação a outras proteínas, como a carne de frango, conforme observado por Iglesias. Os preços no atacado permanecem estáveis: o quarto traseiro é precificado a R$ 17,00/kg, enquanto a ponta de agulha e o quarto dianteiro são cotados a R$ 12,50/kg.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,17%, sendo negociado a R$ 5,4548 para venda. Essa valorização cambial é um fator crucial para a recuperação dos preços da arroba. Em São Paulo, os preços da vaca e da novilha gordas subiram para R$ 195/@ e R$ 212/@, respectivamente, enquanto o boi gordo “comum” e o “boi-China” mantiveram-se estáveis em R$ 217/@ e R$ 222/@.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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