A redução nas escalas de abate em várias regiões do país sugere uma recuperação dos preços, conforme analisado por Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado; veja análise e cotações
Nesta segunda-feira (24), o mercado físico do boi gordo registrou negócios acima da média, especialmente em Goiás. A redução nas escalas de abate em várias regiões do país sugere uma recuperação dos preços no curto prazo, conforme analisado por Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado.
No entanto, Iglesias ressalta que essa recuperação deve ocorrer de maneira moderada, sem espaço para altas explosivas. Na Região Norte, ainda há uma oferta significativa de animais para abate, especialmente fêmeas, o que mantém as escalas de abate confortáveis, atendendo entre 10 e 11 dias úteis. O indicador Agrifatto, baseado na apuração dos preços da arroba em 17 praças brasileiras, registrou alta semanal de 0,47%, emplacado a segunda semana consecutiva de valorização.
Pela terceira semana consecutiva, as escalas de abates das indústrias brasileiras sofreram redução – as programações giram hoje em 11 dias úteis, na média nacional, segundo apuração da Agrifatto. “Trata-se de um patamar considerado ainda confortável, mas que já não está apresentando mais crescimento, o que já é uma boa notícia para que os preços (do boi gordo) tenham fôlego para reagir”, afirma os analistas.
Na avaliação da consultoria, as indústrias seguem cedendo na “queda de braço” dos preços da arroba, oferecendo patamares melhores para recompor as escalas. “Desta forma, as cotações do boi gordo vão recuperando-se do terreno negativo”, ressalta a consultoria.
O Indicador Cepea do boi gordo fechou a sexta-feira (21/6) em R$ 222,59/@, com um avanço de 1,84% em relação à semana anterior. O indicador Agrifatto registrou uma alta semanal de 0,47%, marcando a segunda semana consecutiva de valorização. As escalas de abate das indústrias brasileiras estão em 11 dias úteis, em média.
Preços da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 221,32
- Goiás: R$ 206,67
- Minas Gerais: R$ 209,41
- Mato Grosso do Sul: R$ 213,48
- Mato Grosso: R$ 206,36
Mercado atacadista
O mercado atacadista manteve os preços estáveis, mas há expectativa de alta durante a primeira quinzena de julho, devido ao aumento do consumo. Os preços do quarto traseiro estão em R$ 17 por quilo, enquanto a ponta de agulha e o quarto dianteiro permanecem em R$ 12,50 por quilo.
Exportações de carne bovina
Em junho, as exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil somaram US$ 653,865 milhões, com média diária de US$ 43,591 milhões. O país exportou 146,293 mil toneladas, com média diária de 9,752 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 4.469,50, registrando uma baixa de 6% em relação a junho de 2023.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,90%, sendo negociado a R$ 5,3913 para venda e a R$ 5,3893 para compra.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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