“O problema do momento está na irregularidade do pasto em alguns estados. Com boas chuvas em abril, o mais provável é que o pasto acabe perdendo qualidade entre os meses de maio e junho, levando a uma menor capacidade de retenção”; confira as cotações e perspectivas
O mercado físico do boi gordo apresentou estabilidade nesta quinta-feira (4), com algumas negociações registrando valores acima das referências médias em algumas praças pecuárias brasileiras. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, a indústria frigorífica enfrenta um encurtamento nas escalas de abate, situadas entre sete e nove dias úteis em média. Esse cenário ocorre em meio à relutância dos pecuaristas em negociar, enquanto as pastagens ainda oferecem condições para manter o ritmo dos negócios.
É importante destacar que, de acordo com dados do WXMAPS, há previsões de bons índices pluviométricos para o Centro-Norte do país. “O problema do momento está na irregularidade do pasto em alguns estados. Com boas chuvas em abril, o mais provável é que o pasto acabe perdendo qualidade entre os meses de maio e junho, levando a uma menor capacidade de retenção”, afirma Iglesias.
Sem mudanças significativas, o mercado chinês permanece fraco em relação aos preços pagos à carne bovina brasileira, com os importadores exercendo contínua pressão sobre as cotações, informa a Agrifatto.
“Embora haja uma demanda razoável da China por carne bovina, o ponto de discussão reside nos novos valores de compra”, afirma a consultoria, acrescentando: “Enquanto algumas indústrias brasileiras optam por não fechar negócios devido aos baixos valores propostos, outras se encontram em uma situação em que não têm alternativa a não ser vender a preços mais baratos”.
As últimas ofertas da China para compra de dianteiro foram em US$ 4.200/tonelada, segundo a Scot. “Este preço não é considerado satisfatório para os exportadores”, ressalta a consultoria, completando: “Ainda assim, o mercado é soberano e os negócios são realizados nesses valores”.
Preços do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de dez dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de treze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias;
Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias;
Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;
Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.
De acordo com o indicador do boi gordo CEPEA/B3, divulgado nesta quinta-feira (4/4), o valor da arroba alcançou R$ 227,95, registrando uma variação diária positiva de 0,29%. No entanto, em termos mensais, houve uma queda de 1,87%, refletindo a dinâmica oscilante do mercado pecuário. Em relação ao valor em dólares, foi cotado a 45,16, indicando uma estabilidade em meio às flutuações cambiais e às pressões econômicas internacionais.
Atacado
No mercado atacadista, os preços permaneceram firmes, com um viés de alta impulsionado por um bom escoamento no início do mês e uma demanda robusta durante o feriado de Páscoa. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,40 por quilo, enquanto a ponta de agulha foi precificada a R$ 13,20 por quilo e o quarto traseiro atingiu R$ 17,64 por quilo, refletindo uma estabilidade nas cotações e uma sustentação dos valores no mercado interno.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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