Oferta reduzida dita ritmo dos negócios no país e disputa para compra dos animais dificulta qualquer desvalorização no mercado físico, reflexo na B3 é de preços rompendo os R$ 244,00/sc em dezembro/20.
A segunda-feira deu tons mais calmos para o preço do boi gordo no Brasil, os frigoríficos desaceleraram as compras da última semana para observar o comportamento do mercado neste início de mês. A oferta restrita de carne deu espaço para a proteína bovina avançar em preços no atacado, os “olhos” se voltam para o comportamento do varejo, que mostrará se aceita pagar valores maiores.
Na B3, o boi gordo para outubro/20 evoluiu pelo terceiro dia consecutivo, fechando a segunda-feira cotado a R$ 240,15/@, o maior preço já registrado em toda a história para tal vencimento. A perspectiva de oferta reduzida mais demanda chinesa de fim de ano ditam o tom dos negócios na B3, no entanto, a definição sobre o auxílio emergencial que sai nos próximos dias pode dar mais fôlego ainda a essa evolução do boi gordo.
Milho
Influenciado pelo dólar e pela pouca aparição de oferta, o preço do milho rompeu os R$ 61,00/sc em São Paulo. O mercado de cereal segue a apontar para uma oferta para o mercado interno que não deve dar “as caras” tão cedo, dificultando qualquer desvalorização dos preços. Na B3, o vencimento setembro/20 voltou a se valorizar, após dois dias em queda, com alta de 1,58%, fechou a segunda-feira cotado à R$ 60,59/sc.
Nos EUA, o USDA divulgou mais um relatório de condições das lavouras, e os campos de milho continuam a ver suas áreas em boas/excelentes condições cair ainda mais, dessa vez, o total dessa área recuou 2 p.p., estabelecendo-se em 62%. Na CBOT, o vencimento setembro/20 evoluiu 0,72%, atingindo os US$ 3,48/bu, a falta de chuvas continua a preocupar o mercado, podendo ocasionar uma maior queda na produção do que o esperado.
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Soja
O vai e vem do dólar continua a dificultar qualquer previsão para o preço da soja brasileira, no entanto, com as condições das lavouras norte-americanas piorando novamente devido ao clima seco, a cotação da oleaginosa no país já flerta com os R$ 140,00/sc. O preço do grão infla também a cotação do farelo, que já é negociado acima dos R$ 2.000/t em São Paulo.
O vencimento setembro/20 da soja em Chicago teve uma segunda-feira mais calma, depois de fortes valorizações nos últimos dias, fechando o dia a US$ 9,51/bu. O mercado aguardava os dados do USDA que foram liberados após o fechamento do mercado e mostraram que as condições boas/excelentes das lavouras de soja dos EUA caíram 3 p.p., atingindo o montante de 56%. O déficit hídrico preocupa devido a atual fase de crescimento que está a oleaginosa no país.
Fonte: Agrifatto