A estratégia dos pecuaristas de cadenciar o ritmo das negociações tem sido beneficiada pelas boas condições das pastagens, permitindo uma oferta controlada ao mercado, mas, como sabemos, vem um cenário desafiador por aí; confira as perspectivas e cotações
O mercado físico do boi gordo permanece em um cenário de relativa estabilidade, com alguns sinais de leve alta, especialmente em praças estratégicas do país. No Centro-Oeste, onde o mercado costuma ser um termômetro para a pecuária nacional, os preços estão se acomodando, enquanto em São Paulo, negociações pontuais acima da média são relatadas, indicando uma demanda firme.
De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, a estratégia dos pecuaristas de cadenciar o ritmo das negociações tem sido beneficiada pelas boas condições das pastagens, permitindo uma oferta controlada ao mercado. Isso tem resultado em uma necessidade por parte dos compradores de ofertar mais pela arroba do boi gordo.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, a oferta cadenciada de animais terminados surtiu o efeito desejado pelos pecuaristas, resultando em valorização nas cotações da arroba nesta terça-feira (16/4).
Na avaliação da Agrifatto, o ponto que sustenta essa valorização do boi gordo em algumas regiões brasileiras é o bom padrão de chuvas e, consequentemente, as pastagens mais “fortes” em grande parte do País. “Isso dá força para que o pecuarista peça mais para negociar os seus bovinos”, ressaltam os analistas da Agrifatto.
Preços do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de nove dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;
Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias;
Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;
Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de doze dias;
Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias.
“Como já sabemos que a seca é soberana e chegará, é importante para o pecuarista ter cautela e se preparar para esse período, reduzindo a sua exposição ao risco”, alerta a consultoria, sugerindo a busca do produtor pelos mecanismos de proteção de preço (hedge) na bolsa de mercadorias de São Paulo (B3).
De acordo com os dados do INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/B3, divulgados nesta terça-feira, 16, o indicador do boi gordo apresentou uma leve variação positiva, registrando um valor de R$230,80, com uma variação diária de 0,04%. No entanto, no acumulado do mês, houve uma queda de 0,65%. Em termos de dólar, o valor foi de $43,87. Esses números refletem uma estabilidade relativa no mercado do boi gordo, com pequenas oscilações ao longo do período analisado.
Mercado atacadista
No mercado atacadista, os preços continuam firmes ao longo da semana, com o quarto traseiro sendo precificado a R$ 18,00 por quilo, o quarto dianteiro a R$ 14,00 por quilo e a ponta de agulha cotada a R$ 13,00 por quilo. Esses valores indicam uma estabilidade nos preços dos cortes de carne bovina, sugerindo um ambiente de negócios com menor propensão a reajustes durante a segunda quinzena do mês. A situação da carne de frango também está sendo considerada relevante para a formação dos preços no curto prazo, de acordo com análises de mercado.
Exportações de carne in natura
Até a segunda semana de abril foram exportadas 104,3 mil toneladas – média diária de 10,4 mil toneladas – crescimento de 70,6% frente à média diária em abril de 2023. A cotação média está em US$4,5 mil/t, retração de 5,5% considerando o mesmo período citado. Mesmo com a retração de preço, o volume de embarques elevou o faturamento médio diário do período em 61,2%
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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