Segundo analista, o país asiático continua demandando bastante proteína, o que também colabora para manutenção das cotações no mercado interno.
Os preços do boi gordo permaneceram estáveis no mercado físico brasileiro nesta quarta-feira, 8, de acordo com a consultoria Safras. “Parece que os preços encontraram um limite para seu movimento de alta. As negociações ainda acontecem a partir de R$ 225 por arroba à vista para animais destinados ao mercado chinês em São Paulo, enquanto para animais destinados ao mercado doméstico, a indicação de comprador permanece posicionada a R$ 220 a prazo”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a China permanece bastante ativa nas importações. “O problema é a demanda doméstica de carne bovina, ainda enfraquecida por conta da pandemia”, afirma. O relaxamento das medidas de distanciamento social não é suficiente para fazer os níveis voltarem ao patamar pré-crise. De qualquer maneira, a oferta de animais prontos para o abate permanece restrita, configurando outro ponto de sustentação aos preços do boi.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 219 por arroba. Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 214 a arroba. Em Dourados (MS), continuaram em R$ 211 a arroba. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 211 a arroba. Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 197 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para alta nos preços no curto prazo, em linha com a expectativa de boa reposição entre atacado e varejo na primeira quinzena do mês. A reabertura de restaurantes em São Paulo é outro elemento a ser considerado.
A ponta de agulha ficou em R$ 12. O corte dianteiro seguiu em R$ 12,60 o quilo, e o corte traseiro permaneceu em R$ 14 por quilo.
Segundo Scot Consultoria
Em função do consumo comedido de carne bovina e as incertezas quanto aos próximos dias, os compradores abriram o mercado na última quarta-feira (8/7) derrubando R$2,00/@ em São Paulo.
O volume de negócios, em função disso, caiu.
A referência para o boi gordo ficou em R$218,00/@, bruto e à vista, R$217,50/@, descontado o Senar, e em R$214,50/@, descontados os impostos (Senar e Funrural). O que representou uma queda de 0,9% ou R$2,00/@ na comparação feita dia a dia.
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Para as fêmeas, vaca gorda e novilha gorda, a cotação também caiu R$2,00/@, e está em R$198,00/@ e R$208,00/@, respectivamente, considerando o preço bruto e à vista.
Por outro lado, na região de Belo Horizonte-MG, houve alta de 0,9% ou R$2,00/@ do boi gordo em relação ao fechamento do dia anterior (7/7). Na praça mineira, a cotação do boi gordo ficou em R$215,00/@, bruto e à vista, R$214,50, descontado o Senar, e em R$212,00/@, livre de impostos (Senar e Funrural).
Apesar da pressão de baixa em algumas regiões pecuárias, as escalas de abate estão curtas, o que merece atenção nos próximos dias.
Fonte: Scot Consultoria e Agência Brasil