Boi gordo: Oferta e demanda dá sustentação das cotações

A restrição na disponibilidade de animais terminados somada à dificuldade no escoamento de carne, que reduz a necessidade de compra de matéria-prima, deixam o mercado pouco movimentado

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, vinte e duas ficaram estáveis na última terça-feira (31/10).

Mas vale destacar que em algumas delas, como no Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, as cotações caíram. Há oferta, potencializada pela saída de animais de segundo giro de confinamento, e há demanda ruim, permitindo que as indústrias pressionem o mercado.

Embora o feriado prolongado e o início de mês sejam fatores que, ordinariamente, causam reação no preço da carne, a conjuntura vigente é de vendas ruins.

Para o curto prazo, as indústrias terão que organizar o planejamento das escalas, que terão menos dias de abates, para atender a demanda vigente.

Mercado de reposição em compasso de espera

O mercado do boi gordo sem uma tendência definida para o curto prazo afasta os recriadores das compras. As pastagens ainda com baixa capacidade de suporte, em função do período seco, também diminuem os negócios.

Quando há negociações, o que se observa é uma maior procura por animais de categorias mais eradas, para girarem o estoque de forma mais rápida.

Diante desse cenário de pouca atratividade as cotações estão praticamente estáveis. No balanço de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve alta de 0,1% nos últimos sete dias.

Quando estendemos a análise para o acumulado do mês, houve ligeira desvalorização, de 0,2%. Estes números são bem diferentes daqueles observados em agosto e setembro, que somados tiveram valorização de 5,5%. Lembrando que estas altas para a reposição (agosto e setembro) foram puxadas pelo mercado do boi gordo, que teve forte valorização no período.

Para o curto prazo fica a expectativa de como a arroba do boi gordo irá se comportar neste último bimestre do ano.

Via Scot Consultoria

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