Empresa afirma também que exportações aquecidas e o patamar dólar ajudando na competitividade do produto brasileiro são fatores de sustentação da arroba.
A Scot Consultoria afirma que mesmo com o aumento na oferta de boiadas, por conta da chegada do período seco, os preços do boi gordo não tem sido pressionados. “Este aumento, mesmo já observado há algumas semanas, não tem sido forte ao ponto de pressionar as cotações, em um cenário geral”, diz em boletim.
A empresa afirma que as exportações colaboram com o escoamento do produto e, consequentemente, com os preços. Quando o destino é a China, principal comprador, o ágio gira em torno de R$ 10 por arroba.
Segundo a Scot, em algumas semanas, após a passagem deste fim de safra, com a redução de oferta, o patamar cambial ajudando as exportações, é possível que seja observado um mercado mais firme para o boi gordo.
Varejo
Como já era esperado, o consumo está fraco nessa segunda quinzena do mês. Diante desse cenário, o preço da carne bovina caiu no varejo na última semana, na comparação semanal. Na média dos cortes pesquisados pela Scot Consultoria, houve queda de 0,38%, com destaque para o Paraná, que apresentou recuo de 1,08%.
São Paulo teve queda de 0,47% e no Rio de Janeiro o preço caiu 0,29% no período analisado. A única alta foi em Minas Gerais, de 0,31%. Para os próximos dias, a expectativa é de que o consumo siga retraído no mercado doméstico.
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O mercado físico do boi gordo teve altas pontuais nos preços nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos têm dificuldades de pressionar o pecuarista, resultado de uma oferta mais discreta no final da safra marcada pela retenção de matrizes.
“A demanda doméstica de carne bovina, contudo, permanece enfraquecida, ainda um desdobramento das estratégias de distanciamento social que vigoram em relevantes centros de consumo, a exemplo de São Paulo. A China permanece muito atuante no mercado, comprando volumes significativos de proteína animal neste ano, prerrogativa que deve se sustentar no curto e no médio prazo”, assinalou.
Em São Paulo, capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 a arroba, estáveis na comparação com a quarta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, permaneceram em R$ 184. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 176 a arroba, contra R$ 174 – R$ 175,00 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180 arroba, inalterado. Já em Cuiabá, Mato Grosso, o preço ficou em R$ 171.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. A tendência de curto prazo aponta para alguma alta nos cortes menos nobres diante das alterações nos padrões de consumo provocadas pelo distanciamento social.
O fechamento de bares, restaurantes e redes hoteleiras reduziu o consumo dos cortes nobres. A ponta de agulha ficou em R$ 10,75 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,50 o quilo, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.
Compre Rural com informações da Scot Consultoria e Agência Safras