Boi gordo mantém tom firme e otimista; veja cotações

Arroba do boi gordo tem nova alta e cenário é de continuidade desse movimento; oferta restrita de fêmeas, escalas encurtadas e demanda externa sustentam preço; confira cotações

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com alta nos preços nesta terça-feira (25). O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade desse movimento, considerando a atual posição das escalas de abate, que seguem encurtadas.

No entanto, a valorização deve acontecer de forma comedida, considerando a sazonalidade do mercado, de acordo com a consultoria Safras & Mercado.

Para a Agrifatto o mercado físico do boi gordo manteve um tom firme e otimista, com valorização na maioria das praças monitoradas. A única exceção foi o Pará, que registrou queda de 0,44%, no comparativo diário, fechando a R$ 292,36/@.

O Paraná seguiu estável, enquanto os demais estados tiveram alta, com destaque para Rondônia, onde o boi gordo subiu 0,95%, alcançando R$ 265,56/@. Na B3, o mercado futuro do boi gordo seguiu em baixa, o contrato com vencimento em jul/25 foi o mais pressionado, recuando 1,30% e fechando a R$ 320,05/@. Já o mai/25 manteve estabilidade em relação ao pregão anterior, permanecendo em R$ 319,15/@. Por outro lado, set/25 foi a única exceção, apresentando uma leve alta de 0,35% e encerrando o dia cotado a R$ 332,15/@.

A oferta de fêmeas vem apresentando gradual redução no mercado doméstico, o que ajuda na compreensão do atual cenário, disse o analista da Fernando Henrique Iglesias.

A exportações de carne bovina brasileira permanecem em ótimo nível, atuando como um dos pilares de sustentação para o mercado do boi gordo.

A missão que está no Japão encontra dificuldades na abertura desse mercado. As autoridades japonesas sinalizam para a grande competitividade do produto brasileiro, o que poderia impactar no mercado local, disse Iglesias.

Veja os preços da arroba de boi gordo hoje

  • São Paulo: R$ 317,75
  • Goiás: R$ 305,18
  • Minas Gerais: R$ 303,53
  • Mato Grosso do Sul: R$ 307,39
  • Mato Grosso: R$ 302,89

Ainda segundo os especialistas da Agrifatto o mercado atacadista em São Paulo reflete a típica lentidão da segunda quinzena, com vendas fracas no atacado e varejo, além de menor reposição de estoques. Apesar de não ser preocupante por ora, a cautela é necessária para evitar impactos no otimismo do mercado físico.

A demanda segue enfraquecida, e até o dianteiro, destaque na última semana, já mostra sinais de exaustão. No comparativo diário, a carcaça casada teve leve alta de 0,02%, cotada a R$ 21,38/kg. Entre os cortes, o dianteiro registrou a maior valorização, de 0,07%, sendo negociado a R$ 18,88/kg.

O mercado atacadista volta a se deparar com preços acomodados para a carne bovina. Conforme Iglesias, a primeira quinzena de abril deve possibilitar elevação dos preços, mesmo que isso ocorra de forma comedida. O feriado de Páscoa é um ponto de consumo importante a ser considerado, aumentando a propensão a reajustes no decorrer de abril.

O analista ainda destaca que o encurtamento das escalas de abate sugere para estoques apertados, o que pode aumentar a agressividade das indústrias na compra de gado.

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