Do boi a carne, toda a cadeia pecuária sente a pressão e vê preços reduzindo; segundo relatos frigoríficos tentam baixar preço do boi
O mercado físico do boi gordo ainda sente a pressão baixista sobre o preço da arroba, reflexo do tímido consumo por parte do mercado interno e da oferta regulada de animais. Em São Paulo, o valor do anumal passa por mais um dia em desvalorização e fechou à R$ 246,00/@. Nem o boi “China” conseguiu segurar a queda e passou a ter como referência os R$ 255,00/@, reajuste diário de -2%. Entretanto, há relatos de que os compradores estão ofertando preços abaixo da referência, porém sem negócios.
No mercado futuro, por outro lado, todos os contratos encerraram o dia com valorização. O contrato com vencimento para jul/23 ficou cotado em R$ 249,30/@, reajuste diário de 0,12%.
No varejo e atacado, a procura pela proteína bovina segue fraca e a tendência é que assim permaneça ao longo dos próximos dias, uma vez que esse movimento de redução do consumo já é de praxe das segundas quinzenas do mês. Os produtos começam a sentir a pressão e a carcaça bovina do boi castrado é negociada à R$ 16,00/kg.
No mercado internacional da carne bovina novidades interessantes vieram do outro lado do mundo.
Luz no final do túnel? Houve relatos de maior sustentação para o preço da carne bovina no atacado chinês e com isso os importadores estão aceitando pagar maiores valores pelo dianteiro bovino. Além de traders brasileiros relatando melhora de preços, argentinos e uruguaios apontaram para esse cenário de valorização. Ainda é cedo para cravar uma virada de cenário, mas o segundo semestre costuma ter vendas mais volumosas.
Milho e soja
O andamento da colheita da 2ª safra trouxe a saca de milho no mercado físico de Campinas/SP para próxima dos R$ 54,00. Refletindo a paridade de exportação com o avanço das cotações em Chicago, apesar da continuidade de queda da moeda norte-americana frente ao real, os futuros de milho encerraram a quinta-feira em território positivo na B3. O contrato set/23 (CCMU23) valorizou 1,30% e fechou o pregão regular de 13/07 a R$ 56,12/sc.
Apesar do avanço da colheita da 2ª safra superando os 30% no Brasil, o menor volume de negócios faz com que o preço do cereal siga relativamente estável no mercado interno.
Na CBOT, altas acima de 3% foram registradas para os futuros de milho na última quinta-feira, orientadas pelas indicações de clima para a segunda quinzena de julho e bons números de vendas semanais do cereal norte-americano reportadas pelo USDA no dia de ontem. Neste sentido, o vencimento set/23 (CU23) acelerou +3,62% e terminou a sessão diurna de 13/07 cotado em US$ 4,94/bu.
Acompanhando a valorização das cotações da soja em Chicago, a oleaginosa voltou a ser comercializada na média de R$ 144,80/sc em Paranaguá/PR.
Com a valorização dos futuros de farelo e óleo de soja, os futuros do grão acumularam expressivos ganhos na última quinta-feira em Chicago, recuperando as perdas da última quarta-feira após a divulgação do relatório WASDE. O contrato ago/23 (ZSQ23) avançou 2,80% e finalizou a sessão regular de 5ª feira cotado em US$ 14,85/bu.
Com informações de Agrifatto e SCOT Consultoria.
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