Boi Gordo Futuro – Aparentemente, o pior já passou

Depois da alta de preços, ouve-se falar de boa oferta, dificuldade em repassar os preços no varejo e no atacado e alguns frigoríficos fora do “game”.

Amigos, desde o ápice (topo histórico) do movimento de alta de preços do boi gordo, o mercado mudou!

No movimento de alta só se ouvia falar de baixa oferta de bovinos e alta demanda interna e externa. Depois da alta de preços, ouve-se falar de boa oferta, dificuldade em repassar os preços no varejo e no atacado e alguns frigoríficos fora do “game”.

Apagão de mão de obra no campo

Durante esse período, o preço do boi tem sofrido mais do que a reposição (figura 1). Do pico de preços até 11/12 o boi gordo (CEPEA) caiu 10,3% e o bezerro (CEPEA – MS) caiu 0,2%.

Figura 1.
Preços da arroba do boi gordo, eixo da esquerda, e do bezerro, eixo da direita.

Os preços futuros nesta semana começaram com uma melhora nas perspectivas. Pois, até na semana passada os preços dos próximos vencimentos negociavam abaixo dos R$300,00/@ (figura 2). 

Figura 2.
Preços para os próximos vencimentos, dos contratos futuros do boi gordo na B3.

Recorrendo a alguns indicadores técnicos para avaliar a tendência dos próximos vencimentos temos abaixo: (já expliquei como funciona nos artigos B&C 1593 e 1598 lembram?).

Como podemos observar, temos boa parte dos contratos acima da média móvel (isso é bom) e o IFR (Índice de Força Relativa) em cenário neutro. Vale lembrar que até na quinta-feira passada (5/12) os contratos estavam negociando abaixo da média móvel de preços, mas com o IFR em “zona de sobrevenda”, indicando que aquele cenário poderia ter mudanças.

A mudança já veio nesta semana com boa parte dos contratos sendo negociados acima da média móvel e o movimento do IFR saindo da zona de sobrevenda. 

Agora é esperar novos sinais, tanto dos contratos futuros, quanto dos fundamentos do mercado físico para saber se retomaremos o caminho de novas altas de preços e quem sabe até superar, alcançando novos patamares. 

Fiquemos atentos aos sinais e que essa forte e rápida queda de preços nos traga a lição de sempre avaliar as proteções de preços (hedge).

Fonte: Scot Consultoria

VEJA TAMBÉM:

ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM