Frigoríficos estão completando escalas com boiada de contratos antigos, mesmo assim, boi gordo fecha o dia com margem de R$ 220 a arroba!
Com a alta da arroba do boi gordo, as margens de rentabilidade das indústrias passaram de 7,2 p.p para 21 p.p nos últimos dias. “As margens dos frigoríficos eram muito mais apertadas do que observadas atualmente. A partir do dia 08 de novembro, as margens deram um salto relevante e isso chama bastante a atenção”, relata o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho.
As indústrias estão tentando amenizar o ímpeto de alta da arroba desde a sexta-feira passada. “Os frigoríficos estão ofertando preços menores para a arroba do boi gordo e o ritmo de negócios ainda é lento. Os preços de balcão em São Paulo giram ao redor dos R$ 210,00/@ até R$ 220,00/@”, comenta.
As indústrias alegam que as ofertas menores de preços são em decorrência do alongamento das escalas de abate e que a demanda interna reduziu se comparada aos dias anteriores. “A necessidades das indústrias são para os dias onze e treze de dezembro e alguns frigoríficos tem contratos com grandes parceiros, na qual conseguem trabalhar de uma forma melhor as programações”, afirma.
Com relação às exportações, a Secretária divulgou uma revisão positiva do volume embarcado em que aumento o recorde do total embarcado em outubro para 170,5 mil toneladas. “Isso reforça o otimismo com a demanda externa e a expectativa é que dezembro embarque um volume menor que foi exportado em novembro”, destaca.
Arroba do boi gordo subiu até 41% em novembro e deve continuar firme
O mercado físico do boi gordo teve preços expressivamente mais altos em novembro, segundo a consultoria Safras. Na praça de Uberaba (MG), por exemplo, a arroba subiu 41,46% entre 31 de outubro e 29 de novembro.
De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, o movimento dos preços foi singular, sendo fruto da combinação de fatores, começando pelo quadro de escassez de oferta. “Outro elemento foi o aquecimento da demanda de carne bovina, impulsionado pelas exportações”, diz.
Nos últimos dias do mês, contudo, o movimento de alta no boi gordo perdeu intensidade e aparenta se aproximar do limite. “O que pode ser observado com naturalidade, dado o ineditismo e magnitude da valorização nos preços”, aponta.
Segundo ele, ainda não há espaço para queda das indicações, avaliando que a oferta de animais terminados permanece restrita, além da demanda de carne bovina ainda aquecida.
Veja o balanço do mês (31 de outubro x 29 de novembro)
- São Paulo (Capital) – R$ 172 contra R$ 235 por arroba (+36,63%).
- Goiás (Goiânia) – R$ 159 contra R$ 222 por arroba (+39,62%).
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 164 contra R$ 232 por arroba (+41,46%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 157, contra R$ 216 por arroba (+6,8%).
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Demanda externa aquecida
As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 440,6 milhões em novembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 29,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 90,5 mil toneladas, com média diária de 6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.867,60.
Na comparação com outubro, houve baixa de 5,7% no valor médio diário da exportação, perda de 13,3% na quantidade média diária exportada e alta de 8,8% no preço. Na comparação com novembro de 2018, houve ganho de 12,7% no valor médio diário, baixa de 7,5% na quantidade média diária e ganho de 21,9% no preço médio.
Fonte: Notícias Agrícolas