“Porém, a atenção agora se volta para a segunda metade de março, período em que o consumo de carne bovina geralmente diminui, o que pode intensificar a pressão de baixa na arroba do boi”, alertou a consultoria; Confira
O mercado físico do boi gordo no Brasil iniciou uma semana com um cenário de estabilidade, com poucos negócios sendo realizados nas principais praças de produção e comercialização do país, conforme apresentado pela Consultoria Safras & Mercado. Alguns setores ainda se mantêm afastados das compras de gado, adotando uma postura cautelosa enquanto avaliam estratégias para serem adotadas no curto prazo.
“Os pecuaristas ainda tentam cadenciar o ritmo dos negócios em um momento em que as pastagens ainda oferecem boa capacidade de retenção”, diz o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
As expectativas para o mercado do boi gordo estão marcadas por uma conjuntura desafiadora, conforme indicamos análises da Agrifatto e da Scot Consultoria. Embora os preços tenham sido suspensos em algumas regiões, a tendência de baixa pode ganhar força, especialmente a partir da segunda quinzena de março.
“Porém, a atenção agora se volta para a segunda metade de março, período em que o consumo de carne bovina geralmente diminui (devido ao menor poder aquisitivo da população), o que pode intensificar a pressão de baixa na arroba”, afirmam os analistas da Agrifatto.
Segundo a Scot Consultoria, o volume de compras está baixo e a pressão ronda o mercado do boi. Contudo, boa parte das indústrias frigoríficas estão fora das compras e com as escalas de abate bem-posicionadas. Dessa forma, as cotações não mudaram em relação a sexta-feira, 8 de março.
Preços atuais do boi gordo
São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de doze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de oito dias;
Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias
Rondônia — O boi vale R$200,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de doze dias;
Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;
Paraná — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias.
Os dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também revelam uma estabilidade relativa nos preços do boi gordo no mercado futuro – B3 -, com uma variação negativa de 0,32% em relação ao último registro. O valor da arroba se manteve em R$ 233,85, enquanto a variação mensal indica uma queda de 0,66%. Esses números refletem a cautela dos agentes do mercado diante da pressão e do baixo volume de compras, evidenciando um ambiente desafiador para os pecuaristas e frigoríficos.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina continuam firmes, diminuindo uma tendência de estabilidade e até mesmo de possível alta no curto prazo, conforme planejado por analistas. A ponta de agulha segue precificada em torno de R$ 13,30 por quilo, enquanto o quarto traseiro se mantém no patamar de R$ 18,50 por quilo, e o quarto dianteiro permanece em cerca de R$ 14,00 por quilo. Esses valores refletem a demanda constante por carne bovina no mercado interno, apesar das oscilações e desafios enfrentados na produção e comercialização do boi gordo.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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