Mercado do boi gordo com “jeito” de alta se intensifica, os animais destinados ao mercado doméstico estão sendo negociados a até R$ 250 por arroba a prazo, e os animais padrão China também foram transacionados a esse nível de preço.
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar algumas negociações acima das referências médias nesta terça-feira (5). Com uma grande lacuna entre demanda e oferta as indústrias estão sendo forçadas a ofertar mais pela matéria-prima para poder conseguir cumprir os contratos. Do lado de dentro da porteira o pecuarista fez o dever de casa e segue cadenciando as vendas após ter reduzido o volume de animais diante do cenário desafiador de 2023.
O ambiente de negócios ainda sugere alguma alta das cotações no curto prazo, em linha com o auge do consumo de carne bovina no mercado doméstico. Vale mais uma vez mencionar que o regime irregular de chuvas no centro-norte brasileiro remete a uma menor disponibilidade de gado bovino neste final de ano.
“O mais provável é que os animais terminados a pasto estejam aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre de 2024”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado. Em São Paulo, os animais destinados ao mercado doméstico estão sendo negociados a até R$ 250 por arroba a prazo, e os animais padrão China também foram transacionados a esse nível de preço.
Já segundo a Scot Consultoria, com a redução na oferta de bovinos destinados ao abate, movimentos de alta são observados nas praças paulistas e a cotação da novilha subiu R$5,00/@, na comparação diária. A cotação do “boi comum” está em R$240,00/@, a da vaca gorda em R$220,00/@ e a da novilha gorda em R$235,00/@, preços brutos e a prazo.
O “boi China” – animal jovem abatido com até 30 meses de idade – está sendo negociado em R$250,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum. O cenário das exportações segue aquecido com expectativa de um novo recorde na série histórica, segundo dados da Scot Consultoria.
A exportação brasileira de carne bovina in natura em 2023 deve se consolidar como o segundo melhor ano da história, com um volume de 2,2 milhões de toneladas exportadas, segundo estimativas da Scot Consultoria. No acumulado de janeiro a outubro, Brasil exportou 1,6 milhão de toneladas, o que representa uma queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, o mês de novembro foi o melhor novembro da história da exportação de carne bovina brasileira, com 188 mil toneladas embarcadas.
Na avaliação dos analistas da S&P Global Commodity Insights, apesar de escalas encurtadas e oferta enxuta, as cotações dos animais terminados ainda sofrem resistência para evoluções mais significativas no mercado físico.
Segundo ressalta a consultoria, apesar das escalas de abate não registrarem aumentos significativos, os frigoríficos brasileiros permanecem atuando de forma limitada nas compras de boiadas gordas, com o intuito a conter avanços mais expressivos nas cotações da arroba bovina.
No entanto, continua a S&P Global, a especulação altista se mantém, sobretudo em regiões onde a disponibilidade de boiada pronta para abate é menor, notadamente nos Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A expectativa para os preços da arroba do boi gordo em 2024 indica uma tendência de estabilidade. Apesar da queda acumulada ao longo de 2023, os preços começaram a se recuperar nas últimas semanas. Especialistas projetam uma maior estabilidade nos preços da arroba a partir de 2024, com menos espaço para quedas intensas nas cotações. A previsão é de uma cotação média próxima de R$250/@ do boi gordo pago ao produtor em São Paulo até junho/2024, trazendo uma virada de ciclo pecuário com estabilização nos preços
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, os animais destinados ao mercado doméstico estão sendo negociados a até R$ 250 por arroba a prazo, e os animais padrão China também foram transacionados a esse nível de preço.
- No triângulo mineiro, a indicação de negócios está em até R$ 250 por arroba a prazo.
- Em Goiás, os preços mantiveram-se firmes ao longo da semana. A indicação de negócios no sudoeste do estado está entre R$ 230/240 por arroba a prazo.
- Já em Mato Grosso, os preços permaneceram firmes durante a terça-feira. Em Araputanga, a indicação de negócios está em R$ 209 por arroba a prazo.
- Em Barra do Garças, a indicação de negócios está entre R$ 207/208 por arroba a prazo.
Atacado acomodado
O mercado atacadista voltou a apresentar acomodação nos preços da carne bovina. No entanto, segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere alta dos preços no curto prazo, considerando que o 13º salário ainda está em vigor, da mesma maneira que a criação dos postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano geram efeito positivo sobre a demanda, especialmente dos cortes de maior valor agregado.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 19,70 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,00 por quilo. A Ponta de agulha permanece cotada a R$ 13,10 por quilo.
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