Os pecuaristas seguem buscando melhores valores nas negociações e, de forma pontual, acabam concretizando negociações acima da referência; Mas no geral, compradores pressionam o mercado!
O mercado físico do boi gordo seguiu com grande pressão e uma verdadeira “disputa de preços”, já que a classe produtora busca melhores cotações para poder negociar seus animais e, do outro lado, os compradores buscam testar valores e pressionar, para baixo, os valores em diversas praças pecuárias. Diante disso, os valores seguiram de forma mista nesta terça-feira, 19. Confira abaixo como ficaram as cotações e o que esperar dos preços!
De forma geral, a semana iniciou com mercado andando de lado. As indústrias já possuem escalas para cerca de 10 a 12 dias úteis. Entretanto, os pecuaristas agora estão focados na virada do mês, onde aguardam uma melhora na demanda com a retomada das atividades escolares e, claro, o feriado do dia dos pais.
Algumas indústrias ainda estão avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. Com grande pressão da seca se intensificando, sobretudo na faixa central do País, alguns pecuaristas acabam perdendo a capacidade de retenção dos animais na propriedade e, dessa forma, contribuem para uma maior oferta ao mercado de lotes de animais terminados.
Entretanto, de acordo com as informações preliminares da Secex, os embarques de carne bovina, principalmente para o mercado asiático, seguem aquecidos e se intensificaram na última semana. Neste cenário, a busca por animais que atendem o padrão exportação, acaba pagando valores acima da referência.
Para esses animais – bovinos jovens de até 30 meses de idade – recebem valores que variam de R$ 315 a R$ 330/@. O app da Agrobrazil, informou como melhor negociação o valor de R$ 330,00/@ com pagamento à vista e abate programado para o dia 26 de julho. Confira os detalhes na imagem abaixo!
Com escalas que atendem ao restante do mês, incremento na oferta de gado confinado e um escoamento travado de carne no mercado doméstico, a referência de preço para o boi gordo que atende ao mercado interno caiu R$2,00/@. Para vaca e novilha gordas, preços estáveis, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário.
O boi gordo está sendo negociado por R$311,00/@, a vaca gorda por R$282,00/@ e a novilha gorda por R$304,00/@, preços brutos e a prazo.
Já o Indicador do Boi Gordo Cepea, sem grandes explicações para tal movimento, recuou fortemente nesta terça-feira, com uma queda diária de 1,73%. Sendo assim, os valores que estavam na casa de R$ 327,00/@ caíram e fecharam com média de R$ 321,04. Mesmo assim, os valores seguem acima de R$ 310,00/@ nos últimos 30 dias úteis. Confira o gráfico abaixo!
Segundo as informações da Agrifatto, na B3 os contratos voltaram a desvalorizar, o futuro com vencimento para jul/22 enfrentou uma variação de -0,26%, cotado a R$ 322,20/@.
No MS e MT, a especulação baixista sofre uma maior resistência dos pecuaristas, mas, mesmo assim, a terça-feira foi de queda nos preços da arroba em algumas das praças localizadas nos dois Estados do Centro-Oeste.
No Norte e Nordeste do Brasil, a intensificação da seca favorece uma maior ocorrência de oferta de boiada disponível para negociação.
Abate total de bovinos em MT apontou alta de 4,58% de mai.22 a jun.22 e totalizou 445,51 mil cabeças abatidas.
A conjuntura que corroborou com esse cenário esteve atrelada à maior oferta de animais machos, devido à liberação dos lotes finais de animais terminados a pasto, ao início do período de seca e à entressafra dos bovinos. Sendo assim, o abate total de machos para o período apresentou aumento de 7,00% no comparativo mensal e registrou volume de 248,56 mil cabeças abatidas em jun.22.
Observadas as regiões, a noroeste e médio-norte lideraram o abate de machos, com adição de 36,88% e 21,08% de mai.22 a jun.22, respectivamente. No cenário das fêmeas, a região médio-norte foi a de maior influência, com alta de 42,43% para o mesmo período. No acumulado do 1º sem.22, o abate total de bovinos em MT apresentou alta de 5,22% ante o 1º sem.21, com adição de 116,05 mil cabeças, foi totalizado 2,34 milhões de cabeças abatidas em 2022.
Exportação de carne bovina
Até a terceira semana de julho, 89,12 mil toneladas de carne bovina in natura foram embarcadas. O volume médio diário embarcado foi de 8,1 mil toneladas, incremento de 7,7% frente à média de julho/21 (7,5 mil toneladas).
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O preço médio da tonelada exportada (US$6,6 mil) aumentou 22,4% nessa comparação. Com o incremento no preço e volume embarcado, a receita média diária (US$53,9 milhões) está 31,8% maior na comparação anual.
Mercado da carne bovina no Atacado, segundo a Agrifatto
No atacado paulista as expectativas para o fim de semana se concretizaram em vendas ainda fragilizadas e os produtos sendo dificilmente escoados, principalmente comparado com as proteínas concorrentes, mas até o momento os preços continuam a andar de lado. Com isso a carcaça casada também se manteve estável, sendo negociada na média de R$ 19,00/kg.