Com uma posição de conforto em suas escalas de abate, os frigoríficos se ausentaram do mercado e, com isso, os preços da arroba seguem estáveis. Veja!
O mercado físico de boi registrou preços acomodados nesta segunda-feira, 09, levando em conta que as indústrias passaram o dia contabilizando as vendas do fim de semana e que suas escalas possuem cerca de 10 dias úteis completos. Confira abaixo como o mercado fechou nesse primeiro dia da semana!
O atual cenário, segundo nosso levantamento, remete a uma tendência de que, no curto prazo, ainda a fatores que sustentam os movimentos de pressão de queda, considerando que os embargos por parte da China ainda vigoram em diversas unidades frigoríficas, gerando transtornos regionais.
Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, na sua comparação diária, boa parte dos frigoríficos não abriram as ofertas de compra na manhã desta segunda-feira, com isso, poucos negócios foram reportados, com ofertas abaixo da referência.
A referência para a arroba do boi, vaca e novilha gordos está estável, negociadas, respectivamente, por R$315,00/@, R$279,00/@ e R$312,00/@, preços brutos e a prazo, apontou a consultoria.
Segundo o app da Agrobrazil, a média dos valores da arroba permaneceram estáveis em São Paulo, Goiás e Mato Grosso, com valores de R$ 322,28/@, R$ 293,00/@ e R$ 303,40/@, respectivamente. Entretanto, para a praça de Mato Grosso do Sul, a queda foi grande e trouxe surpresa para alguns pecuaristas, a média recuou R$ 11,80/@, ficando cotada a R$ 290,17/@.
Ainda segundo o app, no que diz respeito aos animais que atendem o padrão exportação, ou seja, animais jovens de até 30 meses de idade, seguem firmes com valores que chegam até a R$ 330,00/@, considerando as bonificações. Com isso, pecuarista de Avaré, em São Paulo, recebeu R$ 330,00/@ com pagamento no prazo de 7 dias e abate para o dia 13 de maio.
O Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, abriu a semana acumulando uma queda 1,06% no acumulado do mês. Sendo assim, os preços se saltaram de R$ 333,25/@ para o patamar de R$ 331,30/@, conforme o gráfico abaixo. Ainda segundo a instituição, o valor da arroba em dólar teve segue cotada a US$64,26/@.
Na B3 o movimento foi de desvalorização, o futuro com vencimento para mai/22 passou por uma variação diária de -1,19%, encerrando o pregão cotado a R$ 319,25/@.
“Como é típico das segundas-feiras, ambas as pontas do mercado (frigoríficos e pecuaristas) ficaram ausentes das negociações”, relata a IHS Markit.
No mercado atacadista, as vendas dos principais cortes bovinos evoluíram de forma satisfatória neste último final de semana, informa a IHS. “Agentes relataram que o fluxo de negócios foi suficiente para garantir firmeza aos preços dos principais cortes bovinos”, ressalta a consultoria.
Porém, a oferta de mercadoria segue bem regulada à demanda vigente, sem registro de sobras. Segundo a IHS, os cortes mais nobres registram um bom escoamento, estimulado pela entrada, neste início de maio, da massa salarial.
Embargos da China afetam Mato Grosso
“Esse quadro é especialmente saliente para o Mato Grosso, estado que concentra a maior quantidade de unidades embargadas. Além disso, a chegada de uma frente fria na próxima semana tende a ampliar o desgaste das pastagens e manter reduzida a capacidade de retenção dos pecuaristas. Portanto, os frigoríficos seguem encontrando as condições para manter a pressão de queda no curto prazo”, assinalou Iglesias, da Agência Safras.
Giro do Boi Gordo pelo País
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 326 a arroba.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 298.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 288.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 295 por arroba.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 295,00 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis. A expectativa é por menor apelo ao consumo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que tradicionalmente conta com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. Além disso, a predisposição de grande parcela da população ainda aponta para preferência de consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e do ovos, colocando o consumo da carne bovina em segundo plano.
O quarto traseiro do boi ainda é precificado a R$ 23,80 por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 16,90 por quilo. A Ponta de agulha ainda foi precificada a R$ 16,70 por quilo.
