Boi firme a R$320/@ com frigoríficos agressivos nas compras

Indicador do boi explodiu com a alta de 21,74%, deixando o mercado otimista; Alguns produtores ainda comentam nos grupos que “não terá Black Friday” para liquidação do boi gordo neste ano! ; Confira!

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta quinta-feira, 18, independente da praça pecuária avaliada pelo país. No cenário atual, a oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece restrita, e segue como grande justificativa para o explosivo movimento de alta dos preços do boi gordo nas últimas semanas.

Aproveitando a oportunidade, os pecuaristas que possuem lotes disponíveis para abate, estão cadenciando as vendas e buscando garantir uma melhor margem, após sofrem com a queda da arroba em setembro e outubro. Alguns produtores ainda comentam nos grupos que “não terá Black Friday” para liquidação do boi gordo neste ano!

Alguns produtores ainda comentam nos grupos que “não terá Black Friday” para liquidação do boi gordo neste ano!

O volume enxuto de animais terminados fez com que os compradores negociassem preços mais altos nessa quinta-feira (18/11). Em relação ao dia anterior, a alta foi de R$10,00/@ para todas as categorias. Com os ajustes, as indústrias aumentaram mais um dia nas escalas de abate, que atendem, em média, 5 dias.

Com isso, o boi gordo está sendo comercializado em R$310,00/@, a vaca gorda em R$285,00/@ e a novilha gorda em R$297,00/@, preços brutos e prazo. Preços acima da referência estão acontecendo, mas ainda não são uma referência, apontou a Scot Consultoria.

Depois de recuarem com certa intensidade em setembro e outubro, os preços da arroba do Indicador do boi gordo voltaram a subir em novembro, teve nova disparada de preços com uma valorização diária de 2,69%, fazendo com que o preço ficasse cotado a R$ 313,00/@, acumulando uma valorização de quase 21,74% no mês de novembro. Ainda dentro desse cenário, o boi brasileiro para a ser negociado na média de US$ 56,20/@. Veja o gráfico!

Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 309,00/@ a R$ 320,00/@. O app ainda teve um dos maiores registro de animais negociados em um único dia, atingindo o patamar de quase 10 mil cabeças de gado. A melhor negociação do dia ficou para Bauru/SP, com preço pago de R$ 320,00/@ na boiada gorda, com pagamento em 30 dias e abate no dia 26 de novembro.

Muitas são as negociações neste patamar, deixando o preço como referência para o estado! Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 316,31/@, na quinta-feira (18/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,24/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,17@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 297,64/@.

Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para nov/21 também valorizou e encerrou o dia cotado em R$ 314,00/@, com alta de 0,53% no comparativo diário.

O mercado do boi gordo esteve eufórico nos últimos dias. Com a subida da régua repetina da indústria, muitos pecuaristas ficaram confortáveis em retirar os animais das escalas de abate. Isto tem distorcido as referências do mercado físico e do mercado futuro. As programações de abate estão para o final da próxima semana.

Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da continuidade da suspensão dos envios de carne à China, os valores da arroba têm sido impulsionados pela retração na oferta de bois prontos para abate. E a menor disponibilidade de animais ao longo deste ano é evidenciada por dados divulgados neste mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram queda no abate de bois no País. Além disso, com o retorno das chuvas, pecuaristas que detêm animais são favorecidos pela melhora dos pastos.

As indústrias frigoríficas que atuam na exportação aumentaram a procura por animais terminados e os preços da arroba bovina atingiram o patamar dos R$ 320,00/@ no estado de São Paulo. Com a ausência da China, as indústrias conseguiram se organizar para embarcar carne bovina para os Estados Unidos, Chile, Arábia Saudita e Hong Kong. 

Do ponto de vista da demanda, ainda é necessário observar com cautela algumas situações, disse o analista. “A primeira delas é que a China segue sem se posicionar em torno do recredenciamento da carne bovina brasileira. O segundo aspecto que precisa ser mencionado é a capacidade do mercado doméstico em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo, uma vez que a situação macroeconômica segue apontando para a continuidade das estratégias de migração da demanda para produtos mais acessíveis. No setor carnes, o frango segue como opção mais viável”, apontou analista do Safras & Mercado.

Confinamento e Boitel VFL BRASIL. Foto: Marcella Pereira

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 310 na modalidade à prazo, contra R$ 308 na quarta-feira (17).
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 308, ante R$ 304.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 290, inalterada.
  • Em Uberaba (MG), preços a R$ 310 por arroba, contra R$ 307.

Atacado

O mercado atacadista voltou a apresentar preços mais altos para a carne bovina. “O ambiente de negócios ainda sugere por alguma reação dos preços no curto prazo. Os frigoríficos seguem tentando repassar o encarecimento dos preços do boi gordo na carne no atacado. Importante destacar que o consumidor médio no Brasil ainda encontra dificuldade em absorver novos reajustes da carne no varejo, mantendo a opção por proteínas que causem menor impacto na renda média”, disse Iglesias.

Assim, o quarto traseiro foi precificado a R$ 22,75, alta de R$ 0,25. O quarto dianteiro atingiu o patamar de R$ 14,30, alta de R$ 0,05. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 14,15 por quilo.

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